A Fundação Comendador Manuel Correia Botelho anunciou hoje que vai contestar a avaliação feita pelo Governo, que atribuiu uma pontuação de 25,6 à instituição que gere o Conservatório de Música de Vila Real.

Na ficha de avaliação divulgada na semana passada, a Fundação Comendador Manuel Correia Botelho, uma instituição pública de direito privado criada em 2003, obteve 25,6 pontos, numa escala de 0 a 100.

O vogal da instituição, José Costa Leite, disse hoje à agência Lusa que o relatório apresenta \"determinados itens que não estão corretos\", nomeadamente o número de beneficiários, que no documento governamental é zero.

Costa Leite garantiu que a fundação serve cerca de 400 beneficiários, os seja, todos os alunos do conservatório de que é titular.

Depois, acrescentou, a avaliação zero no item que diz respeito à existência de outras entidades com fins ou missão idênticos e que desenvolvam atividades congéneres, também \"não está correta\" porque \"não há, nem em Vila Real nem nas proximidades do concelho, outra entidade reconhecida que possa dar o ensino da música nas suas várias vertentes\".

O Governo está a avaliar as fundações e vai decidir quais as que deverão ser extintas até ao final de agosto.

Costa Leite referiu que já se está a trabalhar \"num plano B\" para garantir a manutenção do conservatório no caso de ser extinta a Fundação Comendador Manuel Correia Botelho.

\"Porque achamos que é fundamental aqui para Vila Real, não só pelo número de alunos, cerca de 400, mais os cerca de 30 professores\", salientou.

De acordo com o responsável, a Direção Regional de Educação do Norte já fez saber que, \"desde que se mantenha a estrutura do conservatório, professores e conselho pedagógico, a entidade proprietária do conservatório tanto pode ser a fundação como outra instituição\".

Por isso, não sendo possível manter a fundação, poderá ser constituída \"uma associação sem fins lucrativos, privada ou em colaboração com a autarquia, que possa manter o conservatório em funcionamento\".

A fundação possui 55 colaboradores e, segundo o relatório do Governo, entre 2008 e 2010, recebeu 1.3 milhões de euros em apoios financeiros públicos.



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