A edição 2023 do Circuito Internacional de Vila Real, que decorre entre 14 e 16 de julho, tem como destaque uma prova de resistência de seis horas disputada por 75 pilotos de 25 equipas, foi hoje anunciado.

Apesar do fim do Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), corrida disputada em Vila Real durante seis edições, a organização do circuito automóvel recusou “deitar a toalha ao chão” e, depois de várias negociações, apresentou hoje as “6 Horas Vila Real”.

“Foi um ano muito, muito difícil. Já em 2022 tínhamos percebido que havia dificuldades com o WTCR e, ao contrário do que era a nossa expectativa, não foi possível corrigi-las”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, em conferência de imprensa.

Possibilidades como a prova DTM ou o Mundial de carros elétricos não se concretizaram, e a organização assegurou as “6 Horas Vila Real”, uma corrida de resistência que é organizada pela Creventic, empresa promotora do campeonato internacional “24 Series”.

Trata-se, segundo o autarca, do regresso à cidade desta corrida de resistência, cuja última edição aconteceu em 1969.

“É uma data fácil de decorar, porque corresponde ao ano em que eu nasci, há 54 anos. E achamos que era uma oportunidade extraordinária de voltar a ter protótipos, carros de grande turismo (GT3), em Vila Real e regressar com uma prova internacional”, salientou, frisando que, mais uma vez, “Vila Real vai ser a capital do desporto automóvel”.

Rui Santos disse acreditar que o evento “ajudará a projetar” esta cidade a nível nacional e internacional.

“É um evento muito importante, cheio de desafios, de adrenalina, de festa, de cumplicidade, reunião entre famílias”, frisou, garantindo que, enquanto tiver responsabilidades autárquicas o circuito “não cairá” e que esta é, talvez, a “marca mais distintiva” deste município.

O autarca referiu estar em negociações com o Governo para apoios à organização do evento, esperando que estas cheguem “a bom porto”.

Segundo adiantou, o orçamento previsto, entre montagem do circuito, promoção e a animação, “ronda sempre 1,8 milhões de euros”, referindo ainda que será feito um investimento em segurança e pavimentações.

Peter Freij, da Creventic, salientou que Vila Real é o primeiro circuito urbano que vão realizar e adiantou que se prevê a participação de 25 equipas, com 75 pilotos, nas “6 Horas Vila Real”, cujo formato contempla três horas no sábado e mais três horas no domingo.

Esta corrida não é pontuável para o campeonato “24 Series” e os pilotos rumam a Trás-os-Montes uma semana depois da prova do Estoril, já inserida no calendário.

Jorge Almeida, do Clube Automóvel de Vila Real, disse que a prova de resistência está a “criar um novo desafio” para a organização.

“Por norma, as corridas de resistência não param, a não ser por um acidente grave, então há necessidade de retirar os carros que estão em pista, que baterem, mas a corrida continua. Temos que nos organizar, porque são precisos procedimentos para tirar o carro e dar segurança às pessoas que vão retirar o carro”, explicou.

O Circuito inclui ainda as provas nacionais: o Campeonato Nacional de Clássicos, Campeonato de Portugal de Velocidade de Legends e o Campeonato de Portugal de Velocidade.

José Silva, da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real, prevê que “entre 200 a 250” pilotos, no total das provas, corram no circuito que se estende pelas ruas da cidade.

Foto: Bruno Taveira


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