O Centro de Saúde número três, em Vila Real, parece que vai continuar apenas no papel, pelo menos durante algum tempo.

O Governo garantiu já por diversas vezes a intenção de construir aquela unidade de saúde, necessária para servir uma população de 16 mil habitantes, actualmente dividida pelos centros de saúde números um e dois, que estão a abarrotar de utentes.

Vila Real tem cerca de 50 mil habitantes, aos quais se junta uma população flutuante estimada em cerca de nove mil. No entanto, e \"em resposta a mais um requerimento na Assembleia da República, o arranque das obras continua a estar condicionado. Da primeira vez foi alegada a falta da escritura do terreno cedido pela Autarquia. Concluiu-se que não tinha sido feita porque a Administração Regional de Saúde não tinha nomeado o seu representante\", disse, ao JN, o deputado social-democrata Ricardo Martins.

O autor do requerimento, eleito pelo distrito de Vila Real, acrescenta que, desta vez, a resposta assinada pela chefe de gabinete do Ministério da Saúde, Teresa Oleiro, \"embora reitere a intenção, escuda-se numa nova desculpa, uma vez que condiciona o centro de saúde número três à restruturação dos cuidados primários e das unidades de saúde familiar, que, como se sabe, estão num processo ainda muito lento de implementação. Ou seja, vai continuar a ser adiada a construção\", considera.

Recorde-se que a Câmara de Vila Real doou um terreno, com cerca de 13 mil metros quadrados, na zona de Lordelo, para a construção do centro de saúde, que é uma aspiração de longa data, e cujo programa funcional já foi assinado em 2004, com uma previsão de custos total de cerca de 1,6 milhões de euros.

Em 2004 foi inscrita em PIDDAC uma verba de 100 mil euros, em 2005, 150 mil euros e em 2006, 50 mil euros, que não chegaram ainda a ser investidos.



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