O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) lançou o concurso público para a aquisição do acelerador linear reivindicado há anos para reforçar o serviço de radioncologia, pelo preço base de seis milhões de euros.

O procedimento para a aquisição de acelerador linear para o CHTMAD, com sede social em Vila Real, foi publicado hoje em Diário da República (DR).

Elsa Justino, vogal do conselho de administração do CHTMAD, com a responsabilidade do serviço de aprovisionamento e logística, disse que o atual acelerador linear está “em fim de vida”, com mais de 10 anos, e apontou que “já há muito se falava na necessidade de substituir esse equipamento”.

“Estamos cada vez mais apostados nesta área, temos cada vez mais recursos humanos qualificados nesta área e esta compra pretende apenas acompanhar esse movimento de aproximação às populações", salientou.

Este equipamento vai permitir fazer mais tratamentos no centro oncológico do CHTMAD e fazer tratamentos mais complexos e precisos, tratar outro tipo de cancros.

Em janeiro, aquando uma visita ao CHTMAD, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que durante este ano seria resolvido o problema do financiamento para a aquisição do segundo acelerador linear para o serviço de radioncologia, uma das formas de tratamento do cancro.

“Garantidamente este ano de 2020 a questão do financiamento, que voltou a colocar-se porque nos falhou uma das fontes de financiamento, vai ser resolvida”, afirmou, na altura, a ministra Marta Temido.

A aquisição de um segundo acelerador linear foi autorizada em maio de 2019 para reforçar a unidade de radioterapia do centro oncológico, que entrou em funcionamento há 12 anos e está inserido no CHTMAD.

O concurso público, publicado hoje em DR, tem um preço base de cerca de seis milhões de euros.

Os interessados em participar neste procedimento têm 60 dias para apresentarem as propostas. O prazo de execução do contrato é de 120 meses.

O CHTMAD serve todo o distrito de Vila Real e dá apoio, na área oncológica, ao Nordeste transmontano e aos municípios do Norte de Viseu.

Elsa Justino lembrou a aposta na descentralização do serviço de oncologia e apontou a abertura, na unidade hospitalar de Chaves, de um hospital de dia de hemato-oncologia, que dá resposta a todos os doentes do foro oncológico, hematológico e paliativo.

Os residentes nos concelhos de Chaves, Boticas, Montalegre, Ribeira de Pena e Valpaços, passaram a poder ser seguidos na unidade hospitalar de Chaves, numa estimativa de cerca de 2.500 doentes por ano, em todos os dias úteis.

O CHTMAD disse que a “atividade do centro oncológico está a crescer e a responder de forma eficaz aos utentes que dela necessitam” e, nesse contexto, referiu que “tem vindo a aproximar da população os cuidados de saúde", pretendendo, desta forma, "disponibilizar cuidados atempados, humanizados e diferenciados”.



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