A Câmara e a Associação Comercial de Vila Real estão a unir esforços para travar o esvaziamento do centro histórico, onde muitos estabelecimentos comerciais estão em dificuldades ou já encerraram nos últimos anos.

O diagnóstico não está feito mas uma visita pela rua Direita, que já foi o principal espaço comercial de Vila Real, revela muitas lojas de portas fechadas, um problema que se foi acentuando depois da abertura de um centro comercial do outro lado da cidade.

Para inverter esta situação e recuperar a zona mais antiga, a Câmara Municipal e a Associação Comercial e Industrial de Vila Real assinaram hoje um protocolo.

"Todos os dias nós, aqueles que visitamos o centro histórico, percebemos que algo não está bem", afirmou o presidente do município, Rui Santos.

O presidente da ACIVR, Urbano Miranda, referiu que não existe um levantamento sobre as lojas que abriram e fecharam nos últimos anos, mas frisou a necessidade de serem criadas condições para que mais empresários apostem nesta zona e mais pessoas escolham o centro para fazer as suas compras.

O autarca frisou que o protocolo representa "um reforço do apoio" que o município dá à ACIVR e pretende ser um primeiro passo para a definição de políticas de desenvolvimento estratégicos para transformar esta numa zona "mais atrativa".

O objetivo é ainda reforçar as ações de promoção, dinamização e animação do centro histórico, bem como apoiar os comerciantes na aplicação de medidas de apoio à competitividade comercial, nomeadamente através do recurso a fundos comunitários.

O tráfego é outra das preocupações já que a rua Direita é pedonal, no entanto a sinalização não é cumprida e são muitos os veículos que cruzam aquela via e até ali estacionam.

O autarca frisou que é preciso sensibilizar os comerciantes e utentes daquela zona para o cumprimento das regras.

"Não podemos obrigar os clientes a entrar nas lojas, não os podemos obrigar a comprar, mas faremos o nosso melhor para que a zona em que estão localizadas as lojas seja cada vez mais procurada e atrativa", sublinhou Rui Santos.

O autarca fez questão de destacar a aposta que o seu executivo, eleito há dois anos e meio, já tem feito nesta zona da cidade, nomeadamente através da realização de eventos de animação como as festas da cidade, concertos ou a passagem de ano popular.

As políticas da autarquia para o centro histórico passaram ainda pela diminuição em 50% do imposto municipal Derrama para os pequenos negócios ou benefícios fiscais ao nível do IMI, IMT, IVA e IRS para quem faça a reabilitação de edifícios dentro da Área de Reabilitação Urbana (ARU).

Rui Santos elencou ainda alguns projetos previstos para o centro histórico, como a transformação do antigo hotel Tocaio numa unidade ligada à saúde, um projeto privado de cerca de 10 milhões de euros.
Lusa



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