A corporação da Cruz Branca colocou, nesta fase mais crítica de incêndios, duas equipas de bombeiros nas freguesias mais distantes do quartel, em Vila Real, para uma intervenção mais rápida, vigilância da floresta e apoio às populações.

O comandante dos bombeiros da Cruz Branca, Orlando Matos, afirmou hoje que o objetivo da iniciativa é uma “intervenção mais rápida” em caso de, por exemplo, incêndios.

As equipas, constituídas cada uma por cinco elementos e que fazem parte do dispositivo especial de combate a incêndios rurais (DECIF 2019), estão estacionadas entre julho e o final de setembro na serra do Marão, na freguesia de Campeã, e em Vilarinho da Samardã.

Pretende-se, esclareceu Orlando Matos, encurtar o tempo de resposta às ocorrências.

Mas, no terreno, os operacionais fazem também vigilância percorrendo as aldeias com os veículos, devidamente equipados com material sapador e água, e, ao mesmo tempo, esclarecem dúvidas dos populares sobre limpeza dos terrenos ou a queima de sobrantes.

O comandante apontou ainda o “efeito dissuasor” que a presença dos bombeiros provoca.

A Cruz Branca começou por colocar uma equipa no Marão, na casa do Guarda da Manta, cedida pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), onde permanece 24 horas por dia.

No ano passado, a corporação decidiu avançar com outra equipa para o terreno, para o lado oposto do concelho.

No caso da União de Freguesias de Adoufe e Vilarinho da Samardã, a equipa fica instalada no centro cultural e recreativo de Benagouro durante o período diurno, não havendo, para já, condições para ali permanecerem durante a noite.

O presidente da Junta de Freguesia da Campeã, Jorge Maio, elogiou a iniciativa da corporação e considerou que, desta forma, os bombeiros estão mais próximos da população principalmente nesta altura do ano em que aumenta a probabilidade de haver incêndios.

O autarca lembrou que a “zona da Campeã tem uma mancha florestal extensa entre o Alvão e o Marão” e sublinhou que as pessoas se sentem “mais seguras” com a equipa perto.

Os protocolos de colaboração com as juntas e os centros sociais para o ano 2019 foram assinados na segunda-feira, após a cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de Vila Real, que é presidida por António Graça.

Além destas duas equipas, neste período mais crítico de incêndios, a Cruz Branca possui mais uma terceira equipa que fica estacionada no quartel.

A corporação conta com duas equipas de intervenção permanente (EIP) e assegura os turnos, conjuntamente com os bombeiros de Amarante, no túnel do Marão, inserido na Autoestrada 4 (A4).

Devido a incidentes dentro do túnel, o maior da Península Ibérica, foi decidido colocar em junho de 2018 uma equipa de bombeiros em permanência na infraestrutura.



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