Os primeiros quilómetros do novo tapete betuminoso do IP4, troço entre Amarante e o Alto de Espinho, começaram ontem a ser executados, depois de duas semanas em que, apesar do anúncio oficial do arranque das obras estas tardavam em iniciar-se no terreno.

Já ontem foi possível observar as primeiras máquinas e operários a trabalhar na colocação de novo asfalto a partir do quilómetro 62, um dos pontos que o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) concluiu, num estudo realizado em Setembro, serem objecto, nesta fase, de beneficiação, de forma a reduzir a sinistralidade.

Durante o dia, naquela zona do IP4, o trânsito processou-se no sentido Amarante/Vila Real em apenas uma faixa de rodagem enquanto a outra recebia o novo alcatrão, situação que deverá manter-se nos próximos dias.

Recorde-se que até ao final do ano, na intervenção de urgência decidida pelo secretário de Estado adjunto do ministro das Obras Públicas, Jorge Costa, deverá ser melhorado o troço entre os quilómetros 62 e 72, justamente a zona onde se tem verificado maior número de acidentes com vítimas.

Novo tapete com maior rugosidade nas curvas consideradas mais perigosas, sinalização luminosa reforçada, bandas rebatíveis no eixo da via e velocidade controlada por radar são algumas das medidas anunciadas.

Para a Primavera está prevista a beneficiação do resto do troço de forma a harmonizar o seu perfil relativamente àquilo que já existe entre o Alto de Espinho e Vila Real.

Recorde-se que em 2004 já morreram 16 pessoas no troço do IP4 que compreende o distrito do Porto, isto é, entre o Alto de Espinho (serra do Marão) e a cidade de Amarante (início da A4).

Estes números trágicos superam todos os registos de vítimas mortais verificados desde a década de 80, o que vinha suscitando nos últimos meses críticas veementes das forças vivas da região face à aparente passividade dos organismos que tutelam aquele importante itinerário principal, que liga o Porto a Bragança.



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