A Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) lançou um estudo sobre o alojamento em Vila Real para identificar alunos com problemas no acesso e avaliar a variação dos preços, foi hoje anunciado.

O questionário ‘online’ será realizado até 08 de outubro e é dirigido aos estudantes inscritos na UTAD nos anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022.

Em comunicado, a AAUTAD explicou que o objetivo deste estudo é “avaliar a variação dos preços” nestes dois anos letivos, “identificar possíveis problemáticas de estudantes sem alojamento”, ainda “confirmar a questão de alojamentos ilícitos” e “perceber em que condições é que os alunos se encontram alojados”.

“Consideramos a realização deste questionário bastante pertinente, tendo em conta que a academia transmontana tem vindo a ser cada vez mais requisitada e se prevê, mais uma vez, que sejam alcançados números históricos nas colocações do concurso nacional de acesso, devido a uma crescente aposta da mesma na oferta de cursos e áreas”, referiu a AAUTAD.

A UTAD abriu, para este ano letivo, 1.587 vagas.

Contudo, segundo a associação académica, “este crescimento não está a ser uniformemente acompanhado e verificam-se situações cada vez mais comuns de arrendamentos a preços exorbitantes, que acabam por se tornar insuportáveis pela maioria dos estudantes”.

Dos 7339 alunos que frequentaram a UTAD no ano passado, cerca de 70% eram deslocados e 34% bolseiros.

A academia dispõe de 532 camas nas residências universitárias, um número que vai ser usado a 100% este ano, depois da redução de 32% verificada no ano passado devido às medidas de mitigação da covid-19.

Antes mesmo da pandemia, a falta de alojamento já era uma grande preocupação para os universitários.

Em setembro de 2019, a AATAD promoveu uma manifestação que teve como mote “Uma academia sem teto” e o objetivo de alertar para um problema “grave e inconcebível” que os estudantes universitários enfrentam na cidade trasmontana.

Na altura, chamou-se a atenção para uma “inflação sem precedentes no mercado local” devido aos postos de trabalho criados pela inauguração de dois hospitais privados e ao progressivo aumento do número de alunos.

No ‘site’ da Associação Académica encontra-se disponível a plataforma de alojamento onde os arrendatários podem colocar os seus imóveis e os estudantes podem consultar os alojamentos disponíveis.

Fotografia: AP



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