A iniciativa “Lua cheia – arte na aldeia” regressa em 2023 com 11 espetáculos, nas noites de lua cheia, em Benagouro, Vila Real, e com apresentações adaptadas a pessoas cegas, surdas ou com mobilidade reduzida, anunciou hoje a Peripécia.

Este ano, a iniciativa promovida pela Peripécia Teatro, desde 2014, regressa ao formato original, com a apresentação de espetáculos em todas as noites de lua cheia.

No período da pandemia, a companhia optou por realizar o projeto nos moldes de festival, com uma apresentação por ano.

A Peripécia, sediada em Vila Real, anunciou que a edição 2023 tem estreia a 08 de março, Dia Internacional da Mulher, com “Conto Contigo”, que apresenta contos da autora transmontana Júlia Ribeiro que abordam temas como a violência contra as mulheres.

A iniciativa repete-se a 09 e 10 de março, decorre na sala Peripécia, no Centro Cultural e Recreativo de Benagouro, é interpretada por Patrícia Ferreira e conta com encenação de Luís Blat.

Na edição de 2023 serão, no total, 17 as apresentações, de 11 espetáculos diferentes.

“Em março, inicia-se um ciclo de quatro anos em que, felizmente, não irá faltar cultura em Vila Real, e isto graças ao financiamento do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes e do município de Vila Real”, afirmou, citado em comunicado, Sérgio Agostinho, fundador e codiretor artístico da Peripécia Teatro.

O responsável acrescentou que o “Lua cheia – arte na aldeia” pretende ser uma experiência que pode (e deve) ser usufruída por diferentes faixas etárias, com interesses distintos e, quem sabe, ainda, pode despertar o ‘bichinho’ em mais pessoas para fazer arte em Portugal”.

A companhia disse ainda que se pretende que “a arte se torne um hábito, mesmo para aqueles que nascem, crescem e envelhecem numa aldeia”, como é o caso de Benagouro.

Uma das novidades reveladas pela Peripécia, em comunicado, é a “aposta na inclusão, oferecendo apresentações adaptadas a pessoas cegas, surdas e, também, com mobilidade reduzida”.

“A pensar em toda a comunidade, e independentemente de qualquer limitação, seja auditiva, visual ou de mobilidade, a Peripécia Teatro adotou um conjunto de medidas que pretendem alargar esta experiência cultural, tornando-a acessível a todos”, salientou a companhia.

Assim, explicou, em todos os espetáculos que o conteúdo o justifique, haverá uma récita com tradução em língua gestual portuguesa.

Depois, a pensar no público com deficiência visual, a companhia realizou um protocolo com a delegação de Vila Real da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), “de forma a contar com toda a informação da agenda da Peripécia Teatro no suporte adequado”, sendo que as pessoas com deficiência visual contarão, também, com espetáculos adaptados.

A companhia volta a contar com serviço de ‘babysitting’, um serviço disponível num dos dias do espetáculo e promovido em parceria com a Casa do Brincar e a Associação Camilo Castelo Branco.

Outras das novidades desta edição serão as residências artísticas que a Peripécia Teatro irá acolher em pleno verão.

De acordo com a companhia, pelo centro cultura de Benagouro passarão os artistas visuais Delfim Ruas e José Cruzio, e, de cada artista, será inaugurada uma obra que resultará da sua residência e que será exposta em local a definir pelo próprio.



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