A construção do Observatório da Biodiversidade de Vila Real foi hoje consignada e deverá estar concluída em agosto, depois da reabilitação de um edifício das antigas minas de volfrâmio, disse hoje o vereador da autarquia Miguel Esteves.

O projeto está incluído no Programa de Preservação da Biodiversidade, lançado em 2010, e que conta com um investimento de 1,7 milhões de euros, aprovado no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 - O Novo Norte).

Miguel Esteves, que falava à margem da apresentação da \"Universidade Júnior\" da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), referiu que, depois de consignada a obra, o empreiteiro pode agora iniciar a recuperação do edifício das minas de volfrâmio, na Quintã, zona da Campeã.

A intervenção, que vai custar 64 mil euros, deverá estar concluída em agosto.

O projeto estender-se-á a uma lagoa artificial, que começou por ser uma dissonância ambiental, mas que acabou por captar uma grande variedade de espécies, que poderão ali ser observadas.

São cerca de cinco hectares que vão funcionar como uma \"montra\" da biodiversidade do concelho, destacando a existência da drosera, uma pequena planta carnívora.

No local foram também identificados alguns ninhos de myrmica, a formiga que faz parte do ciclo biológico da borboleta azul e o que leva a supor que este lepidóptero regressou ao vale da Campeã.

No Observatório serão ainda desenvolvidos estudos científicos e criados circuitos de visitas.

Por exemplo, serão desenvolvidas experiências ao nível do aproveitamento de espécies vegetais autóctones que possam ser uma mais-valia económica para as populações locais, como ervas aromáticas ou medicinais.

Miguel Esteves adiantou que, neste espaço, funcionará ainda uma espécie de mercado, onde os agricultores locais poderão vender os seus produtos, numa forma de envolver também as populações locais neste projeto.



PARTILHAR:

Da serra do Reboredo

Requalificados até 2015