Três fontes de mergulho em pedra de granito e xisto, provavelmente construídas no século XVIII, foram recuperadas pela Junta de Freguesia de Andrães, Vila Real. Os trabalhos, concluídos no mês passado, constaram da identificação, inventariação e sinalização, e procedeu-se ainda a limpeza de infestantes vegetais e à lavagem das suas estruturas pétreas. Duas delas estavam já soterradas e alguns cidadãos nem sabiam da sua existência.

Situadas nas aldeias de Magalhã, MosteirÎ e Vessadios, hoje são atracção turística e recuperaram a sua ancestral funcionalidade. \"O povo, às vezes, dizia que estavam ali enterradas umas fontes e coisas muito antigas. Fiquei interessado no assunto e, então, resolvi, com a colaboração de outras instituições (Câmara e Associação do Douro Histórico) apostar num projecto de recuperação\", contou, ao JN, o presidente da Junta de Freguesia de Andrães, Domingos Costa.

Ao mesmo tempo, e nos espaços envolventes das fontes, foram criadas pequenas zonas de lazer, com a colocação de bancos, algumas árvores e, em alguns casos, iluminação.

A intervenção custou cerca de 28 mil euros e teve uma comparticipação em 57% de fundos comunitários, sendo o resto complementado pela Junta da Freguesia de Andrães.

Junto destas fontes de mergulho, ou de chafurdo, que serviam para abastecer de água as populações e os animais, existiam compridas pias de pedra que recebiam as águas do tanque madre (servia para a população tirar a água) e nele se abastecia todo o gado que passasse, bem como machos de arrieiros ou burros de ciganos.

A prática de recuperação das fontes de fergulho está a ser seguida por alguns municípios de Trás-os-Montes, nomeadamente em Murça, Valpaços, Bragança e Boticas, entre outros. No concelho de Murça, chegaram a ser reabilitadas mais de três dezenas de fontes.



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