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Viva o «25 de Abril». Sempre!

Retrato de henrique
Henrique Ferreira

Viva o «25 de Abril». Sempre!

Estou entre aqueles que executaram o golpe militar de 25 de Abril de 1974 e estou entre aqueles que pensam que o «25 de Abril» deve ser comemorado, na Assembleia da República e na rua, sempre, com muitos ou com poucos. E deve ser comemorado por muitas razões. Elenco algumas.

Porque nos libertou de uma ditadura política, social, cultural e, de certo modo, também religiosa.

Porque acabou com uma guerra que sacrificava os jovens e os mais pobres.

Porque permitiu a construção de uma democracia.

Porque permitiu que, nessa democracia, se misturassem ideias comunistas, socialistas e liberais.

Porque permitiu um caminho de cidadania e de maior justiça  e igualdade sociais.

Porque permitiu a aprendizagem da democracia e da cidadania.

Porque permitiu andar mais depressa na construção de uma sociedade democrática.

Porque permitiu vermos o quanto dependemos uns dos outros e o quão frágeis somos sem estarmos unidos num projeto comum.

Tudo isto porque, embora tendo sido feito pelo cansaço da guerra, trazia no ventre, também, a vontade de democracia, de liberdade política e de progresso.

Por tudo isto, «Abril» deve ser comemorado e ensinado, sem medo e sem complexos ideológicos. Não compreendo por isso por que é que nem a Assembleia Municipal de Bragança nem o PS nem ainda o PSD locais omitiram a comemoração do «25 de Abril».

Se, em vez de revolução tivesse havido evolução, é provável que tivéssemos os mesmos resultados sociais (Saúde, Educação, Segurança Social) embora mais lentamente mas, quase seguramente, não os mesmos resultados políticos porque nunca seria possível a liberdade política e a igualdade social sem democracia.

Também não se pode confundir as intenções dos golpistas do «25 de Abril» com alguns desvios e desvarios da «revolução». Alguns deles até foram normais dada a aprendizagem da democracia que todos estávamos a fazer. Outros, produto da ignorância e dos resultados da Conferência de Ialta que dividiu o mundo no novo Tratado de Tordesilhas, que deu origem ao Bloco Ocidental e ao Bloco de Leste, como foi o caso do momento e da forma da descolonização.

Porém, na descolonização, foram muito mais culpados os membros da NATO do que os Portugueses pois não apoiaram as forças políticas que, em Portugal, se opunham àquele processo, ao sabor dos interesses do Partido Comunista e do Bloco de Leste. E, quando acordaram, acordaram tarde e mal, em Setembro de 1975. Tarde porque a descolonização estava feita. Mal, porque em vez de se preocuparem com a descolonização, quiseram anexar Portugal à Espanha. É uma história que os nossos historiadores ainda não descobriram mas que tem muitos filões.

Dominados, no final de 1975, os impulsos totalitaristas comunistas (note-se que a maior parte dos comunistas de hoje não defende o totalitarismo), a democracia pluralista seguiu o seu rumo, com muitas mazelas sociais e económicas. Sociais porque teve de integrar 600.000 «retornados» das ex-colónias. Económicas porque o aparelho produtivo colonial estava completamente desajustado à internacionalização da economia. Foi um caminho difícil em que Mário Soares se redimiu dos erros cometidos na descolonização.

Repare-se, porém, que foram erros gerados pelo contexto geoestratégico de então. A União Soviética (Rússia, a partir de 1990) dominava Portugal a seu bel-prazer, a pedido do Partido Comunista Português,  e isto é tão contraditório quanto Portugal era e é um membro da Nato. Esta Organização, depois do «25 de Abril», demitiu-se de cumprir um dos princípios do seu tratado fundador: defender um país objeto de agressão. As razões já foram sobejamente explicadas: os EUA tinham um Presidente fraco (Jimmy Carter), sem poder, e a sofrer um processo de impeachement por abuso de poder. E o pouco que fez apenas permitiu salvar a democracia, no final do «Verão Quente» de 1975. Por outro lado, os europeus, erradamente, acharam que o problema se resolveria satisfazendo as tendências hegemónicas de Espanha, à Afonso X, em 1909: integrando Portugal na Espanha, outra vez, em 1975.

Conclusão: não foram só os portugueses que fizeram asneiras. Mas pensemos no que poderes fracos (ou tontos) como o de Jinny Carter, poderão fazer em circunstâncias de crise. Vivemos uma com a agressão do Coronavírus-2, em 2020, segundo uns, uma tragédia ambiental natural, segundo outros uma criação da guerra biológica no laboratório de Wuhan, e segundo outros ainda, uma aviso de Deus,  e veja-se o que três outros tontos (Donald Trump, Bolsonaro e Orbán) andam a fazer e as tragédias que provocam. E, mais uma vez, o mundo comete erros, paralisado perante o diabo que veio na forma de SARS-CoV-2.

 

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