Alexandre Parafita

Alexandre Parafita

O jornalismo está doente

No meu tempo não era assim. Comecei há 42 anos. Passei por todos os escalões: estagiário, repórter, redator. Adquiri a carteira profissional (que ainda mantenho) em 1980. Aprendi no terreno, nas ruas e nas redações, com os maiores mestres de então. E de todos recebi uma lição que hoje procuro transmitir aos alunos:

1 - A notícia e os factos que carreia devem sempre ser confirmados. E quanto maior o “sensacionalismo” que se adivinha, maior deve ser o esforço em confirmá-los.

2 – O esforço para confirmá-los, antes de se lhes dar pública forma, passa também por ouvir a “outra parte”.

3 – Obviamente que, ouvindo a “outra parte”, a notícia pode já não valer o que se esperava (ou desejava) que valesse. Pode até ser uma “não notícia”. Isto porque uma “não notícia” é aquilo que já se sabia, que já antes tinha acontecido e fora divulgado e esclarecido. E que hoje apenas pode servir para animar o gosto por uma certa alcoviteirice.

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