Chrys Chrystello

Chrys Chrystello

Crónica 504 mais politiquices...ando mesmo farto dos políticos

se em julho 2023 estava farto deles, imaginem como estou agora sete meses depois...



Crónica 504 mais politiquices, julho 2023

Desculpem outro desabafo, mas ando mesmo farto dos políticos todos, rosas, laranjas, azuis, verdes, encarnados, cinzentos e lilases.

Começam todos a parecer que vieram da mesma incubadora de inutilidade, corrupção, nepotismo, insensibilidade para quem os elege com a arrogância de quem se sente superior aos desgraçados do povo que aceita o que a TV e jornais vomitam sem se questionarem, acreditando nas fábulas que vão ouvindo, entretidos com fado, futebol e fátima (ou Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023) por esta ou outra qualquer aleatória ordem.

E como o povo, que já nasceu boçal, mais ignorante ficou com a educação que lhe ofereceram, acredita nas promessas que a cada quatro anos lhe são atiradas como migalhas e votam sempre nos mesmos que os vêm explorando desde há séculos, desde a monarquia ao arremedo desta república alegadamente democrática. E como o que interessa é a bola, os festivais pimba e outras festas, mantém-se alheado da “res publica” , dos escândalos, da corrupção, do nepotismo, dos favorecimentos, compadrios que regem toda a atividade pública.

Só assim se explica que para Portugal os arquipélagos autónomos - cada vez mais – se pareçam às antigas Ilhas Adjacentes que nunca eram nem ouvidas nem chamadas a decidir sobre o seu destino e as suas vastas riquezas. Até as velhas colónias ultramarinas eram mais bem tratadas…

Precisamos de médicos e enfermeiros, escolas novas, mais professores, cadeias novas, novos equipamentos hospitalares e judiciais, novos meios de transporte terrestre, marítimo, aéreo, novos portos, aeroportos e marinas, estradas e vias rápidas e o que nos dão são hotéis de muitas estrelas enquanto o povo precisa de camas e centros para idosos (há sempre a minha secreta esperança de que quando o turismo secar, se convertam os hotéis em lares de terceira idade).

Precisamos de profissionais qualificados e em vez de os formarmos, deixamos que eles emigrem e contratamos estrangeiros para colmatar a desertificação humana.

Somos, cada vez mais, uma sociedade de velhos e como tal, se não pertencermos à máquina partidária ou estadual, vamos desaparecer sem podermos partilhar os nossos saberes e experiência com os mais novos, para que os erros se possam repetir e nada se aprenda da História.

Como o povo anda também a perder a paciência, mais por culpa de excesso de taxas e impostos do que outras razões, mais dia menos dia, segue o apelo popularucho e demagógico que viu eleitores escolherem Bolsonaro e Trump noutros países (cá essas modas sempre demoram mais a chegar)…

E como sou um homem da cultura, um agente cultural como este governo me chama, e cada ano recebemos menos apoios e mais tarde as esmolas governamentais para praticarmos as atividades culturais como os nossos Colóquios da Lusofonia (21 anos e 38 edições) o melhor é mesmo dedicar-me a outra atividade menos fastidiosa.



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