Barroso da Fonte

Barroso da Fonte

Academia de Letras completa dez anos

Dia 12 de Junho de 2010 foi celebrada a escritura pública da Academia de Letras de Trás-os-Montes. O ato decorreu na sede da jovem instituição,no Centro Cultural da Biblioteca Adriano Moreira, em Bragança, onde se deslocou o celebrante João Américo Gonçalves Andrade, do Cartório Notarial.

Foram outorgantes:1.Adriano José Alves Moreira (Bragança)»; 2. Amadeu José Ferreira (Miranda do Douro); 3 .Regina dos Anjos Sousa Gouveia. (Brasil); 4.João Barroso da Fonte (Montalegre-Vila Real); 5. Manuel José Serra de Sousa Cardoso (Macedo de Cavaleiro); 6. César Alexandre Carneiro Afonso (Vinhais-Bragança);7. Ernesto José Rodrigues (Mirandela-Bragança); 8. António Manuel Afonso (Bragança); 9. Alfredo José Garcia Cameirão (Miranda do Douro);10.José Martinho Monteiro Santalha (Espanha); 11-Virgílio Orlando do Vale (Bragança); 12.José Fernando de Castro Branco (Bragança); 13.António Modesto Fernandes Navarro (Bragança);14.Rogério Augusto Rodrigues, (Moncorvo-Bragança)15-António Rodrigues Mourinho (Miranda do Douro).

Esta instituição cultural tem por objetivo «promover e divulgar as obras literárias de qualquer género produzidas por escritores do Nordeste de Portugal ou sobre a temática ligada à região, às suas gentes e ao seu património; divulgar o património literário do nordeste de Portugal; incentivar a produção literária sobre o nordeste de Portugal, as suas gentes, a sua cultura e a sua história, e, em geral o seu património material e imaterial...»

Esta ideia surgiu no âmbito dos Congressos que entre 2002  e 2010 se realizaram na cidade de Bragança, do bom entendimento da Câmara Municipal, do Instituto Politécnico e da Academia das Ciências de Lisboa. No oitavo dessa série de congressos nasceu a mais visível decisão: fundar e instalar a Academia de Letras de Trás-os-Montes. Este título desvaneceu a dúvida inicial que poderia surgir do conceito de Nordeste, em relação ao Noroeste. A palavra Trás-os-Montes esclareceu a redução que atrás se induz dos objetivos do projeto instalado nesse dia e mês que se espera seja assinalado à passagem da primeira década de vida. Nestes primeiros anos de vida houve alguns incidentes de percurso, nomeadamente da morte prematura do investigadora e quase «pai» do reconhecimento da Língua Mirandesa, Amadeu Ferreira. Se António Jorge Nunes marcou um período de assinalável progresso na viragem do século, dotando a cidade de estruturas e infira-estruturas que eram indispensáveis à evolução urbana, soube conciliar todas as forças vivas locais, regionais e nacionais, incluído com a Galiza que, de certa forma acabou com as fronteiras, como se nunca tivessem existido. Também Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências e os Presidentes do Instituto Politécnico de Bragança foram partes integrantes na evolução que Bragança merecia e tem hoje. O académico Ernesto José Rodrigues que teve e mantém uma auréola imbatível  de mediatismo nacional, em várias áreas do saber, viu-se «grego» para acudir à também sua «Academia de Letras», cuja paternidade partilhava com Amadeu Ferreira e, estes, com aqueles atrás referidos, Bragançãos da estirpe do Barbadão que marcou terreno ao lado Nuno Álvares Pereira, e D. João I, da Geração de Avis.

Esses sócios fundadores foram incansáveis e é justo referi-los, aqui, numa altura em que também já está em fase de concretização, o Museu da língua Portuguesa, em Bragança. Foi outra benesse dos Colóquios de Bragança. Mais uma vez daqueles mesmos Bragançãos: Jorge Nunes, Amadeu Ferreira, Ernesto José  Rodrigues. É possível que outros como António Afonso e António Pinelo Tiza, tenham sido presenças muito úteis na primeira fase da comissão instaladora.

Eu próprio já fui convidado a poucos meses da escritura. Mas tive muita honra em ser o único outorgante da escritura, do distrito de Vila Real. Só nunca percebi porque motivo me foi atribuído o nº 8 de sócio, sendo o eu o outorgante nº 4 e, vendo esse meu número atribuído ao outorgante número nove.

Ocorre-me saudar o sócio honorário da Academia, da 1ª hora, Hirondino Fernandes, que completa dia 7 do corrente, 89 anos de laborioso trabalho, bem visível na sua vastíssima obra. Bem merece a solidariedade, respeito e regozijo geral por tão longa e frutuosa caminhada.

 Barroso da Fonte


Partilhar:

+ Crónicas