A primeira rota turística ibérica nasceu ontem no Museu de Arte e Arqueologia do Vale do CÎa em Vila Nova de Foz CÎa, baptizada como Rota do Património da Humanidade do Vale Internacional do Douro/Duero.

Integra onze sítios classificados como Património Mundial (Alto Douro Vinhateiro, Centro Histórico do Porto, Centro Histórico de Guimarães, Parque Arqueológico do Vale do CÎa, Ávila, Atapuerca, Burgos, Las Médulas, Salamanca, Siega Verde e Segóvia) e tem por objectivo, segundo os seus promotores, ganhar uma dimensão internacional na atracção turística e na promoção em mercados internacionais com elevada apetência no \\"touring cultural\\".

Tendo com emblema principal o vale do Douro, a rota pretende, sobretudo, divulgar zonas que actualmente não são conhecidas internacionalmente

Desde os centros históricos das cidades do Porto e Guimarães, a rota pretende sobretudo levar os visitantes ao Douro profundo, Régua, S. João da Pesqueira e Foz CÎa, não esquecendo o Douro superior até Moncorvo ou as zonas da Terra Quente e Fria no distrito de Bragança. Um dos pontos importantes a dinamizar internacionalmente pela rota ibérica é o Vale Arqueológico do CÎa, que se estende até terras de Espanha, Siega Verde, e que atrai milhares de turistas nacionais, mas internacionalmente ainda não consta dos roteiros.

Segundo os promotores, também a região minhota fará parte integrante da rota ibérica principalmente as zonas fronteiriças, onde procurará preservar e divulgar os valores e recursos naturais. Além do intercâmbio entre turistas dos dois países, os responsáveis da rota apostam na captação de turistas da América do Norte e Austrália, segundo eles um turismo de alto poder económico.

Também o turismo religioso fará parte da rota ibérica, estando em destaque os santuários de S. Bento da Porta Aberta e do Sameiro na região minhota como o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego e Capela Nova, obra de Nazoni em Vila Real.

Silva Peneda, presidente da Fundação Rei Afonso Henriques, entidade promotora do projecto, e do Conselho Económico e Social, afirmou que a rota pretende trazer até às regiões que a integram um turismo de qualidade e não de massas, porque \\"há que transformar a excelência em valor no interesse do país da Península Ibérica e sobretudo do poder local\\".

Ricardo Magalhães, chefe da Estrutura de Missão do Douro, diz que a criação desta rota não foi por acaso, pois, segundo ele, \\"nesta região do Douro Superior encontra-se não só uma grande parcela do Douro Vinhateiro como o Parque Arqueológico do CÎa, os parques naturais de Douro Internacional , Montesinho e Alvão, e mais oito sítios classificados na Rede Natura, aqui há de tudo desde património natural, cultural e arquitectónico, há que o potencializar de uma vez por todas\\".



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