Os organismos públicos ligados ao ambiente e conservação de estradas, bem como pessoas e entidades associadas à extracção de areias, poderão ser incriminadas pelo acidente de Entre-os- Rios, anunciou domingo o Jornal Nacional da TVI.

Segundo a estação, o procurador adjunto Pinto Hespanhol entregou já o seu despacho final ao Ministério Público.

Na sequência desta informação, fontes das famílias afectadas pela tragédia de Entre-os-Rios afiançaram à agência Lusa que várias pessoas ouvidas pelo procurador Pinto Hespanhol foram já convocadas para comparecer a partir de quarta-feira no Tribunal de Castelo de Paiva.

Algumas dessas pessoas são familiares das vítimas que, em fase de averiguação, teriam proferido acusações a areeiros e que estão a ser convocadas como testemunhas.

Contudo, o próprio presidente da associação de famílias enlutadas, Horácio Moreira, disse desconhecer oficialmente o termo da missão do procurador Pinho Hespanhol, que durava há ano e meio, referindo apenas que lhe fora dito, há semanas, que o despacho final estaria concluído no fim de Outubro.

Também o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira, disse desconhecer o despacho final, mas congratulou-se pela alegada incriminação de pessoas e entidades.

A tragédia de Entre-os-Rios ocorreu a 04 de Março de 2001, altura em que ruiu a ponte Hintze Ribeiro, arrastando na queda um autocarro e três automóveis e matando 59 pessoas.



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