A família de Olema, a mulher que perdeu a vida no último acidente na Linha do Tua, queixa-se de falta de apoio.

A família da vítima mortal do acidente de 22 de Agosto ainda não recebeu qualquer indemnização nem foi contactada por ninguém nos últimos dois meses Rosa Barros perdeu a única irmã, Olema, neste acidente e os resultados do relatório final do inquérito não vieram apaziguar a «dor e revolta».

Rosa Barros só tem perguntas sem respostas e ainda não conseguiu colocá-las a quem de direito porque, segundo disse à Lusa, depois do acidente ninguém mais contactou a família. «Nem sequer querem saber se o filho tem de comer», desabafou referindo-se ao único filho que Olema deixou, de 23 anos, que continua em Mira Daire, onde sempre viveu com a mãe. «O pai abandonou-os tinha 14 anos, e depois de tanto trabalho e sacrifícios para que o filho pudesse tirar o curso, tinha que lhe acontecer isto», contou.

A família é natural de uma aldeia do concelho transmontano de Vimioso, mas há muitos anos que Olema estava fora e nunca tinha viajado na linha do Tua.
A primeira viagem que fez, por proposta de uma amiga, que tinha vindo passar férias à região, foi fatal para Olema, de 47 anos, a única vítima mortal do descarrilamento da automotora, que provocou ainda quatro feridos graves e 39 ligeiros.

O pai de Rosa e Olema tem 76 anos e vive sozinho na aldeia com a perda da mulher e da filha num espaço de quatro anos. Rosa deixou de andar com telemóvel desde a morte da mãe.



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Relatório final do inquérito

Caminho Pedestre de São Cristóvão