O deputado do PS Mota Andrade defende que a médio prazo se deve considerar a fusão entre o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O deputado referiu, durante um debate sobre o IV Quadro Comunitário de Apoio, realizado anteontem à noite, em Bragança, que é fundamental que as duas instituições trabalhem em \"ligação\" por uma questão de sobrevivência e sustentabilidade no futuro, devido à carência de alunos. \"Individualmente não têm escala\", disse ao JN.

Aliás, para Mota Andrade tanto o IPB como a UTAD \"não têm, individualmente, possibilidade de sobrevivência\", face à concorrência das instituições de ensino do litoral, defendendo, por isso, a fusão universitária. Neste contexto a luta pela transformação do IBP em universidade já não faz sentido. De resto, esta é uma reclamação que o PS nunca apoiou, e que, segundo o deputado, \"só prejudicou o IPB, porque é uma luta inglória\", uma vez que não vai ser criada mais nenhuma universidade pública no país.

O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, afirmou ao JN que a fusão \"deve ter sido referida como uma mera hipótese académica\", porque não faz qualquer sentido. O IPB capta entre 60 a 70 % dos alunos do distrito que ingressam no ensino superior, mas 60% dos alunos são de fora da região. A situação será semelhante na UTAD, o que leva Sobrinho Teixeira a dizer que a grande competição é com as escolas fora da região. \"A questão da fusão é o pior solução, porque daqui a três anos estaríamos muito pior do que agora\", frisou.

A luta pela criação da universidade não vai ser posta de parte, mas Sobrinho Teixeira sabe que enquanto o PS estiver no Governo não será criada. No entanto diz que o IPB vai continuar a preparar-se para o dia que algum Governo decida a avançar com a universidade. \"Não vai ser por falta de qualidade que não teremos universidade\", acrescenta Sobrinho Teixeira, para quem o IPB é o melhor instituto politécnico do país e que não está em \"situação de pânico\".



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