Vários veículos de transporte de passageiros foram atacados mas só tem resultado em vidros partidos.

Três autocarros foram apedrejados nas últimas semanas, no IP4, junto ao cruzamento de Vale de Nogueira, em Bragança. Só na passada segunda-feira na PSP foram apresentadas duas queixas.

As autoridades estão a investigar vários apedrejamentos de autocarros, que ocorreram nas últimas três semanas, no cruzamento de Vale de Nogueira, no IP4, envolvendo veículos de transporte de empresas da região e outras com sede em Lisboa. Os últimos incidentes ocorreram na segunda-feira, cerca das 22 horas, com dois autocarros da empresa Rede Expressos, mas poderá ter sido atacado também um terceiro de uma empresa de aluguer durante o fim-de-semana. Todos eles circulavam na direcção de Macedo de Cavaleiros para Bragança.

Os veículos foram apedrejados quando faziam os horários de carreira regular. O resultado foi vidros partidos, nomeadamente, o pára-brisas e vidros laterais.

Segundo o JN apurou, os ataques terão começado há cerca de três semanas, com o apedrejamento a um autocarro da empresa Santos/Rodonorte, que fazia o transporte Porto-Bragança, de noite, e que resultou só em danos materiais. No entanto, o director de tráfego da empresa com sede em Freixo de Espada-à-Cinta e Vila Real, Luís Catarino, explicou que o incidente poderia ter resultado num grave acidente.

\"O motorista assustou-se com o impacto da pedra, mas conseguiu travar num espaço de 20 a 30 metros, é experiente. Se não fosse, talvez as coisas não tivessem corrido bem\", referiu. Aquele responsável afirmou ainda que tem indicações de que entre o passado fim-de-semana e segunda-feira terão sido três os autocarros a ser alvo de ataques, mas a Polícia só recebeu duas queixas.

O director da Santos/Rodonorte adiantou que, na altura do apedrejamento, o motorista imobilizou a viatura e parou na berma do IP4, acompanhado de um agente da PSP que viajava para Bragança, «mas não conseguiram ver ninguém, já estava escuro», relatou. Trata-se de uma zona plana, com um desnível acentuado entre os terrenos baldios e a estrada, uns metros mais à frente.

Luís Catarino considera que a situação é grave e lamentável, «na medida em que se reveste de perigo para os autocarros, podem provocar um acidente. Isto já ocorreu em mais zonas do país, mas aqui não é habitual», frisou.



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