Um homem de 57 anos hoje condenado, em Bragança, a seis anos e meio de prisão efetiva, por ter atingido a mulher a tiro, em abril de 2019.

A sentença foi lida hoje no tribunal de Bragança que condenou o arguido pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentativa e posse de arma proibida.

O tribunal não deu como provado o crime de violência doméstica de que tinha sido acusado também pelo Ministério Público.

O agora condenado encontra-se em prisão preventiva desde o dia dos factos, à hora de jantar de 09 de abril de 2019, quando terá disparado uma arma de fogo sobre a mulher de 55 anos, que sobreviveu apesar de ter sido atingida na cabeça.

O homem não compareceu em Tribunal hoje para ouvir a sentença.

O casal de comerciantes, de nacionalidade chinesa, vive em Bragança há quase duas décadas e terá sido na hora do jantar, no dia 09 de abril de 2019, que ocorreu o disparo na sequência de uma alegada discussão entre os dois por questões financeiras, segundo a acusação do Ministério Público.

A mulher foi atingida na cabeça com uma pistola de alarme modificada, de acordo ainda com acusação, e foi hospitalizada, sem correr perigo de vida.

Os dois casaram em 1999 e instalaram-se em Bragança dois anos depois como comerciantes.

A acusação concluiu que as desavenças começaram em 2002 por o arguido apostar dinheiro em jogos.

Segundo descreve, o casal agredia-se de forma mútua, física e verbalmente, mas o arguido valia-se da sua superioridade física "e do ascendente que tinha enquanto marido da ofendida", e molestava-a de forma mais intensa, "com murros e pontapés, nas zonas do corpo que conseguisse atingir".

A acusação refere que os filhos do casal, ainda menores, chegaram a presenciar as agressões, que ocorriam maioritariamente em casa, mas também na loja da família.

A mulher terá pedido o divórcio por duas vezes e voltou a ser molestada.

O Ministério Público apurou que, em 2018, os episódios de violência começaram a ser mais constantes, chegando a haver uma ameaça de morte, que deixou a ofendida "com medo". Um ano depois ocorreu o episódio envolvendo a arma de fogo que desencadeou o julgamento que começou hoje em Bragança.

O Tribunal entendeu que a acusação de violência doméstica não ficou provada, porque os factos foram descritos de forma vaga.



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