A inexistência de placas de sinalização da Rota da Terra Fria Transmontana não está a dar ao projecto a visualização pretendida pelas autarquias envolvidas Bragança, Miranda do Douro, Vinhais e Vimioso.

A sinalização é a única componente que está por concretizar no projecto, apresentado há mais de meia dúzia de anos, uma vertente da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), alertou o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes.

O autarca referiu que o ICN não conseguiu, lamentavelmente, concretizar a sua componente, por falta de recursos financeiros próprios. \"Devia ser o parceiro número um na promoção de um território que atravessa dois parques naturais\", considerou Jorge Nunes.

O ICN tinha ainda a ser cargo a criação de pequenos parques de merendas e parques de observação da natureza, que \"também não foram realizados\" frisou Jorge Nunes, que acrescentou que os municípios implementaram o que lhes competia fazer, incluindo parques de merendas e de lazer. As obras previstas para a realização da Rota da Terra Fria já estão praticamente concluídas.

A Rota da Terra Fria é um projecto de promoção e valorização do território de quatro concelhos do Nordeste Transmontano, numa extensão de 400 quilómetros quadrados, atravessa dois parques naturais e propunha-se dinamizar dezenas de aldeias.

O orçamento previsto rondava os 15 milhões de euros. As obras estão quase todas feitas, mas continuam em falta a concretização dos aspectos relacionados com o desenvolvimento económico.

O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, admitiu que, em termos de investimento, o projecto apresentado está concretizado fisicamente, mas não em termos financeiros. Isto ficou a dever-se a várias dificuldades , ao nível da aprovação de repreciações monetárias e da homologação de programações.

Aldeias requalificadas

Há cerca de cinco anos, o projecto previa a recuperação e criação de equipamentos, construção de estradas, parques de merendas, melhoramento de largos e criação de locais de venda de produtos regionais em dezenas de aldeias.

Região com promoção

A componente de valorização e divulgação do património incluiu artesanato, gastronomia, festas e tradições. Tudio ficará conhecido através do lançamento de um guia, brochuras destinados a promotores turísticos, mapas, um portal na net e um vídeo.

Pombais renovados

Está em marcha a recuperação de pombais tradicionais com vista à criação de um itinerário em Portugal e em Espanha. Dezenas de pombais foram recuperados e estão a dar-se os primeiros passos para a reintrodução dos pombos na gastronomia local.

Dez portas de entrada

A Rota da Terra Fria tem dez portas de entrada, através de várias aldeias dos quatro concelhos envolvidos no projecto, como por exemplo, Salsas e Rio de Onor (Bragança), Constantim e Sendim (Miranda do Douro).



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