São 31 esculturas de pedra e ferro numa mostra artística de Ricardo Tomás de nome “Sensiblidades”, que tenta recriar o erotismo e a beleza do feminino em exposição no Museu do Abade de Baçal.

 

Foi inaugurada este sábado, dia 28 de janeiro, a exposição de escultura “Sensibilidades”, de Ricardo Tomás, no Museu do Abade de Baçal (MAB).  

“Eu procuro a beleza através das formas que eu consigo através do ferro e da pedra. Quando procurei a beleza, achei que era com as formas do corpo feminino que eu conseguiria atingir isso”, começou por afirmar o criador das 31 peças que estarão patentes até ao dia 26 de fevereiro.

“Esta exposição é um grupo de esculturas que eu tenho feito ao longo dos anos, estão aqui peças que têm mais de dez anos, foi um conjunto de peças que eu escolhi para criar uma imagem global acerca do meu trabalho”, narrou o escultor que procura conceber a beleza numa interpretação nua dos corpos femininos.

Questionado sobre se já lidou com casos de pessoas que se mostraram feridas na sua suscetibilidade ou mesmo incomodadas com a natureza erótica das suas peças, Ricardo Tomás é perentório em responder que já aconteceu, mas raras são as vezes, até porque “as pessoas tendem para ver além disso”. “Em vinte e tal anos, já tive duas ou três situações. Mas do que mais me recordo é de uma criança, um bebé, a tentar mamar num seio de uma escultura minha”, recordou, como se estivesse a viver o momento.

Nascido em Odivelas, mas a viver em Rio Maior, o artista de 49 anos faz escultura há mais de 20 anos, vivendo da arte que, espera, um dia, o imortalizará.

Esta exposição, já esteve em Macedo de Cavaleiros, mas “devido ao êxito que teve”, “houve a oportunidade de ela passar para aqui para Bragança”, referiu Ricardo Tomás, na sua segunda vinda à capital do nordeste, depois de, em 2011, ter sido convidado para expor na galeria História e Arte.

E se tivesse de escolher? A pedra ou o ferro? “São dois amores e não dá para escolher um. “Até porque eu consigo transmitir coisas diferentes com a pedra e com o ferro e quando faço exposições gosto de tentar conjugar as duas coisas e a exposição acaba por ser um conjunto das peças todas”, confidenciou o escultor, em entrevista ao Diário de Trás-os-Montes.  

 


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