A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte decidiu abrir um inquérito para apurar o que se passou na madrugada da passada terça- feira, na unidade hospitalar de Mirandela, para o INEM ter recusado transportar uma mulher em trabalho de parto para Vila Real, que foi a escolha da própria parturiente.

Fonte da ARS Norte reiterou que, após o encerramento da maternidade de Mirandela, na passada segunda-feira, as grávidas têm direito de escolher a maternidade que entenderem. A Administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano continua a recusar comentar o caso.

A mulher, Ana Maria Sanches, q foi transportada, de madrugada, pelo marido, de Moncorvo a Mirandela. Depois de lhe comunicarem que a sala de partos de Mirandela estava fechada, informaram a mulher de que seria transferida pelo INEM para Bragança.

A parturiente, porém, rejeitou ser transferida para Bragança, alegando que preferia ir para Vila Real por uma questão de condições. Perante isso, Ana Maria teve como resposta que não seria o INEM a transportá-la e que teria de assinar um termo de responsabilidade pela sua decisão.

Foi levada para Vila Real por uma ambulância dos Bombeiros de Mirandela ao cabo de 45 minutos de espera, acabando por dar à luz uma menina, já na tarde de terça-feira.

O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, admite terem existido falhas neste caso, que considera, contudo, pontual, porque as parturientes têm direito de escolher a maternidade que pretendam. Jorge Gomes esteve reunido com representantes da Sub- -Região de Saúde de Bragança, do Centro Hospitalar e corporações de bombeiros do distrito de Bragança para abordar os procedimentos nestas situações.

No entanto, as corporações apresentaram um novo problema o INEM paga às associações de bombeiros uma taxa fixa pelo transporte de grávidas e este novo cenário trará mais custos com mais quilómetros. Jorge Gomes solicitou um levantamento urgente dos custos acrescidos para apresentar ao INEM.



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