Vice-presidente está crente na repetição do efeito surpresa do último congresso do CDS-PP. Actual presidente está confiante num quarto mandato

A Juventude Popular (JP) está reunida desde hoje em congresso em Bragança para escolher entre o actual presidente, confiante num quarto mandato, e um vice-presidente, crente na repetição do efeito surpresa do último congresso do CDS-PP.

João Almeida, que lidera a JP há seis anos, disse à Lusa acreditar que sairá de Bragança novamente presidente da estrutura partidária com um quarto e obrigatoriamente último mandato, devido ao limite de idade de militância na JP, que atingirá dentro de dois anos.

O seu actual segundo vice-presidente, Filipe Almeida Santos, concorre agora à presidência e mostra-se \"optimista\" em relação à \"possibilidade\" da sua eleição, lembrando o desfecho do último congresso do CDS-PP, que escolheu Ribeiro e Castro para presidente.

\"Desde o último congresso do CDS que nós sabemos que não há vencedores nem resultados antecipados\", afirmou à Lusa.

Nenhum dos candidatos especificou os apoios entre os cerca de 480 congressistas reunidos até Domingo no cine-teatro \"Torralta\", em Bragança, que vão votar as moções \"à Direita da Indiferença\" de João Almeida e \"Fazer a Diferença\" de Filipe Almeida Santos.

O actual presidente considera que os anos de liderança podem ser \"um ponto benéfico para a Juventude Popular\", aos quais acrescenta um projecto para os próximos dois anos com uma equipa renovada.

Filipe Almeida Santos defende que \"a renovação é necessária\", referindo-se à presidência de seis anos de João Almeida, que classificou de \"inédita\" na Juventude Popular, \"porque nunca nenhum presidente o tinha sido mais de quatro anos\".

Apontou ainda ao actual presidente o que considerou \"uma limitação de idade\", por ter 29 anos e estar a dois anos de abandonar a militância da JP.

Para este candidato, o próximo líder tem de preparar a Juventude Popular para as legislativas de 2009.

\"Mesmo em dois anos, se desenvolvermos um quadro de ideias, se fortalecermos a nossa estrutura, nós estamos preparados para as próximas legislativas\", retorquiu João Almeida.

O actual presidente da JP é também acusado pelo concorrente de \"fazer oposição interna à direcção do CDS-PP\" e \"dar um tiro no pé\" ao fazer campanha contra o candidato presidencial apoiado pelo partido - Cavaco Silva.

\"Está sistematicamente contra e estar numa posição de facção contra a posição do partido fragiliza o próprio partido. A Juventude Popular tem de salvaguardar a sua própria autonomia, mas isso não é estar contra a direcção barricado do lado da oposição interna\", afirmou.

João Almeida lembrou que a \"única\" posição contrária à direcção do CDS-PP, a de não apoiar Cavaco Silva, não é exclusivamente sua, mas da Juventude Popular.

\"Foi decidida pelo Conselho Nacional da JP, o maior órgão entre congressos, por 61 por cento contra 39 por cento dos delegados\", declarou.

O próximo líder da JP deverá ficar definido na discussão e votação das moções ao congresso, que se prolongará pela madrugada, de acordo com a organização.

Os trabalhos serão encerrados ao início da tarde de Domingo, com a presença do presidente do CDS-PP, Ribeiro e Castro.



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