Um incêndio, que deflagrou na madrugada de hoje na zona do Parque Natural de Montesinho, em Bragança, está a consumir mato e a mobilizar meios de combate portugueses e espanhóis, disse à Lusa o comandante dos bombeiros locais.

Carlos Martins salientou que “não é uma situação normal” pela dimensão e por ocorrer fora de época, que não se limita ao verão nesta zona, com alguns anos em que na primavera, nomeadamente no mês de março se registam várias ignições.

O incêndio deflagrou na zona da Lama Grande, na linha de fronteira com Espanha, e, por volta das 13:00, tinha no combate cinco meios aéreos espanhóis, 58 operacionais e 13 viaturas, segundo informação disponibilizada na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A origem é desconhecida, como disse à Lusa o comandante Carlos Martins, explicando que o fogo foi detetado pelos bombeiros por volta das 04:00, que avistaram a coluna de fumo.

Segundo disse, “está a arder mato” e as chamas andam de um lado e do outro da fronteira, estando a encaminhar-se, nas últimas horas para a zona de Vinhais, concelho por onde se estende, junto com o de Bragança, o Parque Natural de Montesinho.

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) realizou, na quinta-feira, fogo controlado, as chamadas queimadas, na zona de Soutelo, em Bragança.

O comandante dos bombeiros disse que a corporação esteve a dar apoio a esta operação e considera que “não tem qualquer relação” com o incêndio que está em curso e que deflagrou durante a madrugada, pela “distância” entre os dois eventos e as temperaturas negativas durante a noite com formação de geada.



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