O Gil Vicente e o Desportivo de Chaves empataram hoje a zero golos, no encontro que fechou a 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Barcelos.

O Gil Vicente, que terminou reduzido a 10 jogadores, após a expulsão de Depú (90), conseguiu, pela primeira vez esta temporada, estar quatro jogos seguidos sem perder na I Liga, ocupando o oitavo lugar, com 28 pontos.

Após o terceiro encontro seguido sem vencer no campeonato, o Desportivo de Chaves mantém-se no 18.º e último posto, com 19 pontos, a quatro da zona de manutenção.


I Liga / Gil Vicente – Desportivo de Chaves (ficha)

Gil Vicente e Desportivo de Chaves empataram hoje 0-0, em partida da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputada em Barcelos.

Jogo no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos.

Gil Vicente – Desportivo de Chaves, 0-0.

Equipas:

- Gil Vicente: Andrew, Alex Pinto (Thomas Lopes, 89), Rúben Fernandes, Gabriel, Leonardo Buta, Mory Gbane, Martim Neto (Pedro Tiba, 77), Maxime Dominguez (Fujimoto, 67), Tidjany Touré (Murilo, 77), Ali Alipour (Depú, 67) e Félix Correia.

(Suplentes: Brian Araújo, Jesús Castillo, Fujimoto, Pedro Tiba, Depú, Felipe Silva, Johantan Buatu, Thomas Lopes e Murilo).

Treinador: Vítor Campelos.

- Desportivo de Chaves: Hugo Souza, Ygor Nogueira, Vasco Fernandes, Júnior Pius, Carraça, Dário Essugo, Kelechi (Pedro Pinho, 90+5), Benny (Hélder Morim, 90+5), João Correia (Leandro Sanca, 74), Héctor Hernández (Jô Batista, 74) e Raphael Guzzo (Rúben Ribeiro, 63).

(Suplentes: Rodrigo Moura, Habib Sylla, Paulo Victor, Leandro Sanca, Pedro Pinho, Steven Vitória, Rúben Ribeiro, Hélder Morim, Jô Batista).

Treinador: Moreno.

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Mory Gbane (63), Carraça (66), Tidjany Touré (76), Vasco Fernandes (86) e Depú (86 e 90). Cartão vermelho por acumulação para Depú (90).

Assistência: cerca de 3.000 espetadores.


COMENTÁRIO:

Gil Vicente perdulário não evita nulo frente a transmontanos coesos

 Gil Vicente e Desportivo de Chaves empataram hoje 0-0, em jogo da jornada 25 da I Liga portuguesa de futebol, no qual os minhotos até foram superiores, mas não conseguiram 'quebrar' a coesão dos flavienses.

A equipa de Barcelos teve, quase sempre, sinal mais no ataque, sobretudo no primeiro tempo, quando criou as melhores chances de golo do desafio, mas acabou castigada pelo desperdício, perante um adversário que percebeu a importância de somar um ponto precioso na luta pela sobrevivência e se defendeu com competência.

Ainda assim, os transmontanos, que somaram o terceiro jogo sem vencer, acabam a jornada com a lanterna-vermelha do campeonato, com 19 pontos, menos dois que o Vizela, o outro 'aflito', que capitalizou um triunfo frente ao Farense.

Já o Gil Vicente, que somou o quarto jogo seguido sem perder, termina a jornada num bem mais tranquilo oitavo lugar, com os mesmos 28 pontos do nono classificado Boavista.

Os minhotos fizeram valer essa sua maior serenidade na tabela para impor uma superioridade desde o início da partida, instalando-se no meio contrário e deixando um primeiro aviso logo aos dois minutos, num remate de Touré para defesa de Hugo Souza.

Do outro lado, os flavienses apostaram numa toada de maior contenção, esperando pelo erro do adversário para armar os seus contra-ataques, e respondendo aos nove, num tiro de João Correia ao lado.

No entanto, a principal ação centrava-se junto à baliza dos transmontanos, e com Maxime Dominguez a ser o protagonista nos gilistas, enviando, antes de meia hora, uma bola ao poste, e, pouco depois, proporcionando uma defesa por instinto a Hugo Souza, na sequência de um desvio.

O Desportivo ia sobrevivendo às investidas do rival, fazendo da coesão defensiva o maior triunfo, mas ainda tentando alguns contragolpes, respondendo com um remate, de longe, de Kelechi, que saiu ao lado.

O Gil Vicente ainda intensificou o volume ofensivo, mas a definição final assumia contornos de desperdício, espelhada, em mais uma chance gorada, pouco antes do intervalo, num cabeceamento de Gbane, que o guardião Hugo Souza segurou, a dois tempos, mantendo o nulo no tempo de descanso.

O arranque do segundo tempo devolveu uma toada semelhante, com o Gil Vicente, novamente, mais adiantado, e um Desportivo de Chaves na expectativa, num ritmo com menos aproximações a ambas balizas.

Maxime Dominguez voltou a dar o mote para a maior audácia dos minhotos, com um remate para defesa do Hugo Souza, aos 56 minutos, num lance imitado por Depú, aposta dos 'galos' para o segundo tempo, também para defesa do guarda-redes dos transmontanos, aos 70.

À medida que o cronómetro avançava os flavienses pareciam acomodar-se ao nulo, e apesar de um remate de João Correia, por cima, em mais um contra-ataque, a equipa transmontana diminuía o seu atrevimento ofensivo.

O Gil Vicente também foi perdendo 'gás' e à medida que o adversário foi cerrando fileiras tornou-se inconsequente, complicando a sua ambição já nos momentos finais, quando o avançado Depú foi expulso, por ver dois cartões amarelos em quatro minutos, fazendo o nulo imperar até ao final.


I Liga – Gil Vicente – Desportivo de Chaves

(declarações)

 Declarações dos treinadores do Gil Vicente e Desportivo de Chaves, Vítor Campelos e Moreno, no final da partida da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate sem golos.

- Vítor Campelos (treinador do Gil Vicente):


Faltou-nos eficácia, criámos oportunidades flagrantes e tivemos um caudal que justificava outro desfecho. O Chaves não rematou uma única vez à nossa baliza. O melhor jogador em campo foi o guarda-redes do adversário e isso diz muito do que foi o jogo.

Tivemos mais situações de golo na primeira parte, e na segunda devíamos ter sido mais incisivos. O Chaves a defender coloca muita gente na área o que nos dificultou a tarefa, mas tudo fizemos para que o resultado fosse outro. Acho que merecíamos a vitória.

Nessa segunda parte faltou-nos velocidade na circulação de bola. Tínhamos de ser mais incisivos, mais rápidos a circular a bola. Mesmo assim tivemos uma ou outra oportunidade que podíamos ter finalizado de outra forma.

[sobre a posição na classificação] Enquanto não chegarmos aos 35 pontos, que é a meta que acho que necessária para manter o Gil Vicente na I Liga, não podemos estar descansados.

Ainda há muitos pontos para conquistar, o campeonato é equilibrado e qualquer equipa pode ganhar em qualquer lado. É o quarto jogo estamos somar pontos. Hoje queríamos chegar aos 30 pontos, mas infelizmente não aconteceu. Temos de continuar a trabalhar”.


- Moreno (treinador do Desportivo de Chaves):


“Temos de fazer mais para conseguir o nosso objetivo [da manutenção]. Com esta média de pontos provavelmente não vai chegar.

Vínhamos de um resultado desconfortável e isso criou desconfiança na equipa, embora tenhamos dado uma boa resposta nos momentos sem bola.

O Gil Vicente criou mais oportunidades e nós temos de melhorar quando temos a bola, sobretudo na tomada de decisão. Isso não tem que ver com qualidades dos jogadores.

Há alguma desconfiança com a situação [pontual] em que nos encontrámos e tal cria ansiedade nos atletas.

Neste jogo, se tivéssemos melhores tomadas de decisão, sairíamos daqui com os três pontos. O Gil Vicente, apesar de ter sido mais equipa do que nós, estava a abrir espaços e faltou-nos critério no último passe.

Na parte final podia ter arriscado mais, mas se mudasse a estrutura podia ser pior. Em vez de ter posse, podíamos ter pressionado mais, devíamos ter mais rasgo. A responsabilidade é minha.

Ganhámos um ponto, é melhor do que zero, mas neste momento precisávamos mais”.


Gil Vicente e Desportivo de Chaves empatam no fecho da 25.ª jornada da I Liga


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