A PORDATA, base de dados de Portugal contemporâneo, disponibiliza os 54 indicadores-chave do município de Chaves, sendo possível comparar, de forma simples e imediata diversos temas, como a densidade populacional, a educação, a saúde, entre outros, e a sua evolução em quase uma década, entre 2010 e 2018.

A Pordata estabeleceu com o Diário de Trás-os-Montes esta parceria para divulgação destes indicadores-chave para Trás-os-Montes, baseados em mais de 20 fontes oficiais, que comparam dados de 2010 com a realidade mais recente (2018).

Setor do turismo e empresas não financeiras aumentam em Chaves

Situada no vale do rio Tâmega, a cidade de Chaves (Aquae Flaviae) pertence ao distrito de Vila Real e faz fronteira com Espanha.

Desde a gastronomia até aos monumentos, a cidade conta uma longa história que remonta ao paleolítico, conforme os inúmeros testemunhos espalhados pelo concelho, como castros, igrejas, conventos, museus, pontes e o Castelo.

De todas as civilizações que ocuparam a cidade, os Romanos foram os que deixaram mais património e que mais influência deixaram até hoje. A ponte do Trajano, que atravessa o Rio Tâmega, é considerada um dos ícones turísticos mais emblemáticos desta cidade raiana.

Chaves é também conhecida pelas termas, com fins terapêuticos para tratamento de patologias respiratórias, digestivas e cardiocirculatórias.

São inúmeras as pessoas que se deslocam, de vários pontos do país para tratamentos. Há também a Fonte do Povo (outro local de visita), uma fonte ao ar livre, onde a água termal sai a mais de 70 graus.

Um dos museus contemporâneos de destaque em Chaves é do arquiteto e pintor Nadir Afonso, da autoria do Arquiteto Siza Vieira, construído para divulgar a vida e obra deste flaviense, destingido a nível nacional e internacional.

Esta cidade é também conhecida pela “Feira dos Santos”, a maior feira de rua do país. São quatro dias de eventos tradicionais e venda de artesanato, velharias e produtos alimentares típicos da região, se esquecer dos tradicionais “Pasteis de Chaves”.

 A fronteira uniu os Chaves e Verin, formando a Eurocidade Chaves-Verín, que é apelidada da primeira zona franca social do continente europeu, com os seus cidadãos a circularem livremente e a usufruírem de serviços públicos como saúde e educação de ambas as regiões, inspirando, assim, uma Europa sem fronteiras,

A “Route EN2” veio agora dar um novo impulso ao turismo como novo meio de atratividade, estando agora em plena expansão.  

 

População

Os dados demográficos apresentados, revelam que o município perdeu mais de dois mil habitantes, de 41.561 em 2010 para 39.423 em 2018, alguns deles jovens com menos de 15 anos de 12,2% em 2010 para 10,4% em 2018.

O número de estrangeiro que se fixaram no concelho, diminui de 545 em 2010 para 518 em 2018, ou seja, por cada 1000 habitantes 13 são estrangeiros.

O número de nascimentos verificados neste período teve uma diminuição de 42 crianças, de 254 em 2010 para 212 em 2019 e os óbitos diminuíram de 540 para 495.

A percentagem da população em idade ativa (15 aos 65 anos) teve uma ligeira descida de 64,1% em 2010 para 62,4% em 2018.

A população idosa com 65 anos ou mais aumentou de 23,7% em 2010 para 27,2% em 2019, há 272 idosos por cada 100 jovens, são mais 115 idosos do que a média nacional que está fixada em 157 idosos.

No município por cada 100 residentes, há 10 jovens com menos de 15 anos, 62 adultos e 29 idosos em 2019.

 

Serviços

Os dados estatísticos revelam que houve uma diminuição de quase três mil alunos no município, de 8.742 em 2010 para 5.825 em 2018, matriculados nos ensinos pré-escolar, básico, secundário e superior.

Em relação aos estabelecimentos de ensino verifica-se uma diminuição do ensino pré-escolar de 39 em 2010 para 22 em 2018, os estabelecimentos do 1º ciclo diminuíram de 40 em 2010 para 18 em 2018.

Em relação aos estabelecimentos do 2º ciclo aumentaram de 3 em 2010 para 4 em 2018 e os estabelecimentos do 3º ciclo diminuíram de 6 em 2010 para 4 em 2018 e o ensino secundário mantiveram o mesmo número de 4.

Em relação ao ensino superior houve uma diminuição 2 em 2010 para 1 em 2018, o número de alunos também diminuiu de 737 alunos em 2010 para 189 alunos em 2018.

O número de trabalhadores da administração pública local, verificou-se uma diminuição de 49 trabalhadores, de 504 em 2010 para 455 em 2018.

Em relação às empresas não financeiras no concelho aumentaram mais de cinco centenas, são mais 791 que em 2010, perfazendo um total de 3.156 empresas, aumentando também o número de trabalhadores independentes de 8.828 em 2010 para 10.025 em 2018.

Em relação ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego, diminuiu em 38%, de 2.417 em 2010 para 1.491 em 2019, são menos 926 desempregados.

O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, aumentou de 817 euros para 944 euros, ficando abaixo da média nacional em 223 euros. O número de pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações manteve-se, para cada 100 residentes com 15 ou mais anos há 40 pensões atribuídas.

Em relação ao número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) diminuiu de 1.970 em 2010 para 1.179 em 2018

Alguns serviços mantiveram o mesmo número como as farmácias (12), os bancos e caixas económicas diminuíram de 18 em 2010 para 12 em 2018, as caixas automáticas multibanco diminuíram de 46 em 2010 para 37 em 2018.

No setor do turismo verificou-se um elevado aumento, com a implementação de mais 22 alojamentos turísticos do que em 2010, perfazendo um total de 34 em 2018.

 

Autarquia

Em relação a Autarquia, os dados revelam que em 2018 teve um saldo financeiro positivo, de 5.624 mil euros, com um aumento das receitas para 36,5 milhões de euros e das despesas para 30,9 milhões de euros.

Cerca de 7% das despesas da Câmara Municipal foram destinadas à cultura e desporto, valor superior ao de 2010, 8% do total das despesas.

Em relação às despesas do município, 5% são relativas ao ambiente, 3 pontos percentuais abaixo do valor registado a nível nacional (8%).

 

Seguem alguns destaques com os dados mais recentes sobre o município:

  • Feriado municipal: 8 de Julho
  • 39.344 habitantes1
  • Por cada 1000 residentes, 13 são estrangeiros2
  • Por cada 100 residentes, há 10 jovens com menos de 15 anos, 62 adultos e 29 idosos com 65 ou mais anos1
  • Nasceram 212 bebés e morreram 499 pessoas1
  • Há 272 idosos por cada 100 jovens, mais 115 idosos do que a média nacional1
  • 1.491 desempregados inscritos nos centros de emprego (6,1% da população residente entre os 15 a 64 anos), 38% a menos que os inscritos em 2010 (2.417)1
  • 5.825 alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário2
  • Por cada 100 residentes com 15 ou mais anos, há 40 pensões atribuídas pela Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações2
  • 944€ é quanto ganham em média os trabalhadores por conta de outrem no município, 223€ abaixo do ganho médio a nível nacional2
  • 34 alojamentos turísticos, mais 22 do que em 20102
  • 12 farmácias2
  • 12 bancos e caixas económicas, menos 6 que em 20102
  • Saldo financeiro positivo da CM: +5.624 mil € (receitas: 36,5 Milhões €; Despesas: 30,9 Milhões €)2
  • 7% das despesas da C.M. foram destinadas à cultura e desporto, valor inferior ao de 2010 (8% do total das despesas) 2
  • 5% das despesas do município são relativas ao ambiente, 3 pontos percentuais abaixo do valor registado a nível nacional (8%)2
  • O valor médio de avaliação bancária da habitação foi de 978 € por m2, 214 € inferior à média nacional2

 

Reportagem de Bruno Taveira e fotos de Carlos Espirito Santo



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