O ministro da Administração Interna, António Costa, garantiu hoje que 90 por cento do território nacional terá neste Verão um dispositivo de combate a incêndios capaz de intervir em 15 minutos para impedir a propagação dos fogos.

António Costa falava em Bragança na apresentação pública do primeiro dispositivo distrital de combate a fogos florestais, uma cerimónia que vai ser repetida em todos os distritos do país.

O ministro assegurou que o propósito para esta época de fogos, que arranca a 15 de Maio, é haver \"capacidade para intervir no prazo máximo de 15 minutos sobre cada incêndio nascente\", procurando controlá-lo na fase inicial, evitando a sua expansão.

Segundo o ministro, esta estratégia \"implicou a estruturação de um dispositivo helitransportado e pré-posicionado de meios terrestres que dá uma cobertura de 90 por cento do território nacional com uma capacidade de intervenção em menos de 15 minutos\".

António Costa realçou também o \"novo conceito da utilização dos meios aéreos, que serão mobilizados imediatamente para um ataque na primeira intervenção e não resguardados para a intervenção quando o incêndio está a arder já em larga escala\".

Garantiu ainda que, este Verão, haverá uma maior articulação dos meios humanos (bombeiros, GNR, sapadores florestais e ambiente) \"de forma a haver prontidão para intervir e não homens e mulheres exaustos por dias e dias de combate insano contra esta terrível ameaça\".

O distrito de Bragança regista um reforço do dispositivo com mais um helicóptero a sul, totalizando dois meios aéreos, cerca de 1300 efectivos e 341 viaturas.

O governador Civil, Jorge Gomes, realçou a importância deste dispositivo num distrito em que a maior parte do território é constituída por áreas protegidas, nomeadamente os parques naturais de Montezinho e Douro Internacional e o parque natureza do Azibo.

O primeiro-ministro, José Sócrates, que presidiu à cerimónia no âmbito da iniciativa \"Governo Presente em Bragança\", lançou um apelo aos cidadãos no sentido que a protecção da floresta não depende apenas do trabalho dos bombeiros.

\"Todos temos o nosso papel nesta próxima época: um papel de vigilância, mas também um papel de comportamento cívico à altura das nossas responsabilidades individuais\", afirmou.



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