O líder da distrital de Bragança do CDS-PP, Domingos Doutel, defendeu hoje a proposta de eleições directas feita por Paulo Portas, assegurando que esta é também a posição da «esmagadora maioria» das concelhias do distrito.

«Das 12 concelhias do distrito, as 10 que já consegui contactar defendem que se deve avançar para as directas», disse Domingos Doutel, em declarações à Lusa.

Além disso, acrescentou Domingos Doutel, as bases do partido também defendem a realização de eleições directas para eleger o próximo líder do CDS-PP, já que foi através deste método que o actual presidente, José Ribeiro e Castro, foi eleito.

«São os próprios militantes que querem directas«, sublinhou.

Questionado sobre como vê o regresso de Paulo Portas, que assumiu quinta-feira a recandidatura à presidência dos democratas-cristãos, anunciando que irá pedir em Conselho Nacional a realização de eleições directas, o líder da distrital de Bragança disse ser «um sinal muito positivo».

Na sequência das declarações de Paulo Portas, e numa reacção à «crise aberta» com este anúncio, o líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, apontou outro caminho, defendendo a realização de um congresso extraordinário.

«Estão em disputa a liderança e o rumo do CDS. A palavra está devolvida aos militantes. Foi aberto o próximo Congresso do CDS/Partido Popular», afirmou Ribeiro e Castro na sexta-feira, numa declaração onde nunca falou das directas pedidas por Portas.

Ou seja, no Conselho Nacional, cuja data sairá da reunião da comissão política que realiza esta tarde na Curia (Aveiro), deverão estar em disputa estas duas soluções para a eleição do líder - directas ou Congresso - que serão sujeitas à votação dos conselheiros.

Apesar da lista afecta a Paulo Portas - liderada por António Pires de Lima - ter a maioria dos conselheiros eleitos em Congresso, as inerências - comissão executiva e política - fazem com que, em teoria, a direcção seja maioritária no Conselho Nacional.



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