Perto de 1500 pessoas substituíram, hoje, em Macedo de Cavaleiros os cravos, símbolo da revolução de Abril, por chapéus, cartazes e faixas com frases de protesto contra a perda de serviços de saúde. O mesmo motivo leva hoje a população de Amarante a protestar, enquanto que, ontem, o anunciado encerramento da maternidade também levou a população de Elvas para a rua.

O direito à indignação consagrado nos ideais do 25 de Abril foi o mais invocado na manifestação popular em que se transformou a sessão solene da assembleia municipal deste concelho do Nordeste Transmontano, realizada numa tenda em frente ao hospital local.

A perda da cirurgia e a ameaça de encerramento da urgência
nesta unidade de saúde motivaram o protesto popular convocado pela assembleia municipal. Os discursos de circunstância dos representantes dos diversos partidos criticaram o que foi descrito como a \"política de saque da saúde que está a ser implementada no distrito de Bragança\", classificada como \"um atentado contra o espírito de Abril\".

A maioria das cerca de 1500 pessoas, segundo números da GNR,
que aderiram ao protesto ostentavam chapéus com a frase:\"Hospital sim, Macedo tem direito à saúde\".

\"100 anos a construir, quatro meses a destruir, é obra\", lia-se num dos vários cartazes colocados da cerca do hospital, numa alusão à reestruturação que está ser feita pelo Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano, que integra os três hospitais da região, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.



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