O bispo de Bragança-Miranda incentivou os dois novos sacerdotes e o diácono a fazerem “cristãos católicos no anúncio e no testemunho de Deus-Amor”, na celebração de ordenação que presidiu, este domingo, na Sé de Bragança.

"Hoje nasceis como presbíteros e como diácono, para uma configuração a Jesus Cristo ao serviço da Igreja nesta realidade eclesial que peregrina aqui em Bragança-Miranda na comunhão com toda a Igreja una, santa, católica e apostólica”, explicou D. José Cordeiro.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado disse aos novos sacerdotes Bruno Dias e Ivo Fernandes, e ao diácono Duarte Gonçalves, que não se contentem em “celebrar a Liturgia das Horas e dos Sacramentos e sacramentais e a piedade popular” mas que façam “cristãos católicos no anúncio e no testemunho de Deus-Amor”.

Segundo o texto enviado pelo Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro destacou que o “programa vital” é o de fazer, sair e recomeçar uma estrada com Jesus Cristo, a que chamou “sair do espelho”.

“Estamos a viver uma mudança epocal que exige um maior discernimento a todos e a cada um. O ‘inverno demográfico’ que experimentamos nesta nossa amada Diocese é para nós uma oportunidade de mais proximidade, escuta e acolhimento de quem nos é próximo e não apenas de quem nos procura”, desenvolveu.

“Precisamos de ir à procura”, observou na homilia cuja reflexão começou por assinalar a liturgia do dia, da parábola do ‘Bom samaritano’ que é “iluminadora em toda a vida cristã”, especialmente no Ano Santo da Misericórdia.

“Aqueles dois personagens da parábola mexem connosco – um sacerdote, um levita – olham mas não querem ver, passam ao lado com indiferença, como tantas vezes nós fazemos com o mais próximo que precisa de mim”, alertou.

Segundo D. José Cordeiro a “comunhão, é um dos nomes da Misericórdia” e na ordenação de dois novos sacerdotes e um diácono recordou que o Papa Francisco “fala muito” do ‘cenáculo do Presbitério’ que seja um “lugar de paternidade e de fraternidade”.

“Precisamos caros presbíteros de construir juntos mais comunhão entre nós. Só no Mistério podemos viver o ministério. Temos muita admiração e gratidão pelos sacerdotes e pelo bem que eles fazem. Há que prosseguir com determinação e exigência este discernimento na fé, que começa no Seminário”, desenvolveu o prelado.

O bispo de Bragança-Miranda referiu que, cada vez mais, “o seminário não pode ser uma carreira para chegar ao presbiterado”, tendo questionou: “Um padre, para ser padre, anda tantos anos juntos no Seminário para aprender a viver sozinho?”

D. José Cordeiro sublinhou que, cada vez mais, são “convocados a partilhar, a repensar e valorizar” e a promover mais a união e a paz, alertando que o “perigo do clericalismo não deixa crescer a comunidade cristã”.
Agência Ecclesia



PARTILHAR:

Cinco projectos para alavancar a investigação da UTAD

Detido por roubo com agressão à vitíma e tentativa de fuga