«Não sei quais são os projectos dos espanhóis em relação à instalação de uma central termoeléctrica, mas, no que respeita a Portugal, não consta nada no programa do actual Governo sobre a opção pelo nuclear».

As palavras proferidas, ontem, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, descartam a possibilidade de vir a ser instalada, no Douro internacional, uma central nuclear, hipótese que já agitou autarcas e populações transmontanas.

A contestação, criada, sobretudo na zona de Mogadouro, surgiu após notícias que davam conta de que a Energia Nuclear de Portugal, empresa ligada a Patrick Monteiro de Barros, está a estudar quatro localizações no Parque Natural do Douro Internacional.

O ministro fez estas declarações à margem da cerimónia de inauguração, em Cozcurrita de Sayago, uma pequena localidade espanhola, junto à fronteira e a poucos quilómetros de Miranda do Douro, da Estação Biológica Internacional Douro.

O acto, que contou com presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países ibéricos, concretiza um projecto de cooperação transfronteiriça e representa um investimento de duas empresas, uma portuguesa, outra espanhola. Tem o apoio de vários organismos de ambos os lados da fronteira no âmbito da protecção ambiental.

Segundo David Velasco, conselheiro da estação, uma das formas de financiamento virá da embarcação que promove os cruzeiros ambientais no rio Douro, no troço internacional, Miranda do Douro/ /barragem do Castro (Espanha).

A prevenção de incêndios florestais é outra das missões, bem como a depuração de águas residuais a partir de um sistema de tratamento com plantas necrófitas.



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