A redução orçamental prevista para este ano lectivo no sector do Ensino Superior - entre 5% e 7% - vai obrigar o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) a avançar com o despedimento de docentes de quatro das cinco escolas que compõem a instituição, designadamente das escolas superiores de Educação, Tecnologia, Agrária e Gestão de Bragança, e ainda Gestão de Mirandela.

O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, referiu, ao JN, que naquele instituto os cortes orçamentais serão da ordem dos 5,8%, pelo que já começou a preparar caminho para fazer face à redução das verbas e à diminuição do número de alunos. Por exemplo, na 1ª fase de acesso ao Ensino Superior entraram apenas 79 novos alunos na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTiG).

A medida tomada para contornar o menor orçamento passa pela não renovação de contratos de trabalho de alguns docentes. Para já, não se sabe o número de professores que serão afectados. A instituição vai realizar um estudo para analisar a situação nos próximos dias.

A ESTiG, por exemplo, já procedeu automaticamente à não renovação de contratos de trabalho, mas todas as escolas poderão ser afectadas, excepto a Escola Superior de Saúde, cujo quadro, de 29 docentes, está 50% abaixo das necessidades, obrigando a um grande esforço por parte dos professores, pois é frequentada por mais de 800 alunos.

Não se vislumbram mais cortes financeiros no IPB, e até há obras que estavam planeadas que ainda vão arrancar este ano lectivo, como é o caso do novo edifício para a Escola de Saúde, visto que o actual está a rebentar pelas costuras, o que implica a transferência de algumas aulas para a Escola Superior Agrária, obrigando professores e alunos a deslocações constantes entre o campus académico e a escola, que se localiza junto ao hospital. Para contornar os cortes, o presidente do IPB defende que \"é preciso trabalhar com uma grande sinergia de esforços entre todas as escolas\".

O PIDDAC também vai sofrer reduções no próximo ano, pelo que as verbas previstas para o IPB \"vão destinar-se à consolidação dos edifícios existentes e não à construção de outros\", explicou Sobrinho Teixeira. Os valores do investimento em PIDDAC vão \"ser três vezes menores do que no ano passado, o que obrigará a adiar alguns projectos, como a construção de um biblioteca central ou um novo edifício para o pólo de Mirandela da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que não tem instalações próprias.



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