Miguel Torga, Agustina Bessa Luís, Pires Cabral… e muitos outros. Autores que escreveram o Douro reunidos pelas suas obras no Teatro Auditório de Alijó, até depois de amanhã. \"Os livros e o Douro\" é uma iniciativa integrada nas comemorações dos 250 anos da Região Demarcada, que ontem abriu as portas num Rio de Leituras.

\"Vinde à terra do vinho, deuses novos! Vinde, porque é de mosto. O sorriso dos deuses e dos povos. Quando a verdade lhes deslumbra o rosto\". Citando Miguel Torga, actores da companhia de teatro Filandorra convidavam, ontem, os presentes a \"entrar\" no rio Douro, figurado em panos verdes ondulando nos corredores do auditório de Alijó.

Uma montanha de livros, no hall do edifício, dava as boas vindas aos presentes no Rio de Leituras, \"uma espécie de procissão, de via-sacra, com leitura de poemas sobre a forma como os autores viram o Douro\", explicou David Carvalho, director da Filandorra.

A iniciativa \"Os livros e o Douro\" substitui, este ano, a tradicional feira do livro de Alijó. O autarca Artur Cascarejo considera que o município entendeu \"apostar na cultura nas suas diversas dimensões\", no âmbito dos 250 anos da Região Demarcada do Douro. Dai que a maior parte dos eventos sejam espectáculos musicais, teatro, cinema e exposições. \"Somos das autarquias que mais investem na área cultural e a nossa participação só poderia ser marcada por esta vertente\", explica.

A iniciativa engloba ainda apresentação de vários livros, recitais de poesia, um concerto de Jorge Palma (hoje à noite) e o Festival Outras Músicas (amanhã).

Na exposição de livros dos autores do Douro, os visitantes podem encontrar os mais consagrados e os que são menos conhecidos. \"Há muitos que ainda não saíram do anonimato, nas mais diversas artes, que é importante conhecer\", notou Cascarejo.



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