O atendimento nocturno nos centros de saúde de Bragança registou acentuada redução no último mês porque os utentes pensaram que o serviço se encontra encerrado, disse à Lusa a directora da sub-região de Saúde.

Segundo Berta Nunes, «vários médicos têm feito chegar a sua preocupação com esta acentuada diminuição dos atendimentos», alegadamente porque os utentes pensam que o serviço está encerrado durante a noite e só recorrem aos centros de saúde de manhã.

Para a coordenadora, «tem passado uma mensagem incorrecta sobre o serviço, que está a gerar confusão junto dos utentes, principalmente dos idosos».

O Ministério da Saúde tinha previsto, para Abril, encerrar o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) em todos os centros de saúde do distrito, no âmbito da reorganização das urgências no país. Tendo em conta as características da região, com extensa área e fracos acessos, o ministro Correia de Campos criou um regime de excepção transitório.

Desde 27 de Abril que sete dos 12 centros de saúde deixaram de ter médicos em presença física durante a noite, mas mantém-se o atendimento. O serviço passou a ser assegurado por um enfermeiro e um auxiliar administrativo em presença física e um médico de prevenção, que acorre ao centro de saúde quando chamado. Este regime de excepção vigorará por um ano até o distrito ser dotado de meios de socorro e transporte pré-hospitalar, designadamente quatro ambulâncias e um helicóptero.



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Futuro dos pólos ainda por definir.

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