Criar sinergias entre os vários concelhos, dinamizar a zona histórica, atrair empresas, fixar os jovens, ajudar a estabelecer a ligação rodoviária entre Quintanilha e Zamora são algumas das promessas de Carlos Guerra.

 

Após um mês de dúvida em que muitos já davam como certo a candidatura de Carlos Guerra à Câmara Municipal de Bragança pelo Partido Socialista (PS), as suspeitas confirmaram-se e o arquiteto assumiu, na passada sexta-feira, estar na corrida “para ganhar”.

O atual presidente da Federação Distrital de Bragança do Partido Socialista, que já presidiu o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, já foi diretor Regional de Agricultura e, também, diretor do Parque Natural de Montesinho, adiantou à Comunicação Social, que findo o contrato que tinha com a empresa concessionária da exploração das minas em Torre de Moncorvo, só, agora, reuniu as condições necessárias para avançar com a sua candidatura para as próximas eleições autárquicas a decorrerem em outubro.

Em conferência de imprensa, Carlos Guerra sublinhou a importância da criação de sinergias com outros concelhos, no sentido de garantir a promoção da região como um todo, dando como exemplo a implementação de uma rota turística com os castelos do distrito, onde se incluiria o castelo de outeiro que, apesar de, em ruínas, poderia, de acordo com o candidato socialista, atrair muitos visitantes.

Outra das premissas do seu mandato, caso vença, será dar primazia a todos os projetos que possam ter impacto no esbatimento das fronteiras de interior, nomeadamente a ligação rodoviária entre a ponte de Quintanilha e Zamora. “Um dos princípios do Ordenamento do Território do Planeamento Regional tem a ver com as distâncias, os 100 quilómetros”, referindo-se ao eixo Porto – Vila Real – Bragança – Zamora e Valladolid, “onde depois se abrem portas para toda a Europa”, manifestou o candidato.

 

Carlos Guerra avançou na conferência de imprensa que já há candidatos do PS para 11 das 12 câmaras do distrito de Bragança.

 

Questionado sobre a outra opção defendida pelo atual edil brigantino, Hernâni Dias, em ligar Bragança à Puebla de Sanabria, Carlos Guerra entende que isso “dificilmente acontecerá por influência da Comissão Europeia”, enquanto que a ligação promovida pelo candidato socialista será uma “decisão não das autoridades espanholas, mas sim da Comissão europeia para o desenvolvimento das regiões de fronteira”. “Até porque, quer do nosso lado, quer do lado deles, os indicadores de desenvolvimento social e económico são francamente maus”, concluiu, manifestando abertura a uma potencial travessia da ligação pelo Parque Natural de Montesinho, desde que “seja possível conciliar a conservação da natureza e da paisagem com essa necessidade”, e dando o exemplo do Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros que é atravessado pela A1.

O candidato assegurou, ainda, que caso vença as eleições irá apresentar medidas concretas que ajudem a fixar jovens e adultos no concelho, através da criação de emprego. “Ponho esta tónica muito forte numa política dirigida aos jovens. Os jovens fixam-se se houver emprego. Não tenhamos ilusões. Haja emprego. Haja qualidade de vida. Que eles ficam”, expressou Carlos Guerra, para quem, o facto de não haver cinema numa capital de distrito é “uma vergonha”. “Fixar jovens passa por ter boas instalações desportivas, bons acontecimentos, as pessoas já não vivem só do seu trabalho, também gostam de sentir que no seu lazer há qualidade”, referiu.

“Nós temos que conciliar o que fazemos para dentro, o desenvolvimento interno, a qualidade de vida, a criação de atividades económicas e de lazer, mas conciliá-las sempre com a capacidade de nos virarmos para fora. Bragança a esse nível tem um potencial imenso”, manifestou o candidato socialista, acusando o plano atual da câmara de só “olhar para o seu umbigo”.

Outro dos compromissos de Carlos Guerra é a revitalização do centro histórico. “Bragança é sede de uma das famílias reais na Europa e na América e nunca tirámos proveito desse facto. Temos o castelo mais bonito do país e uma zona histórica que precisa, urgentemente, de ser vitalizada”, assegurou, defendendo que existe “é ali que devem estar os pequenos restaurantes gourmets, os bares, as esplanadas, as lojas de artesanato, é aí que se instalam e isso cria atividade económica”.



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