Bragança espera 1.500 ciclistas, no domingo, no primeiro Grandfondo realizado nesta região, um evento desportivo que vai atravessar a fronteira para dar a conhecer o património natural e cultural desta zona raiana, informou hoje a organização.

O número de inscrições confirmou as expectativas avançadas pela organização aquando da apresentação do evento, em janeiro, com 1.500 ciclistas esperados no domingo, segundo o gabinete de comunicação da Bikeservice, a responsável por esta e iniciativas idênticas em outras zonas do norte do país como Porto, Douro e Gerês.

Esta iniciativa assume-se como "o primeiro evento de massas deste género a ter lugar neste território e, além de ser uma prova de ciclismo aberta a todos os adeptos da modalidade, vai dar a conhecer durante o percurso o Parque Natural de Montesinho, aldeias típicas e Espanha.

Do lado português, a prova passará pelas aldeias típicas de Rio de Onor, Guadramil ou França, a zona da Lombada e com partida e chegada a Bragança, com o Castelo como pano de fundo.

O percurso atravessa a fronteira e passa pela povoação espanhola vizinha de Puebla de Sanábria, com o título do "povo mais bonito de Espanha".

A prova é composta por três percursos à escolha dos participantes: um minifondo de 66 quilómetros, o mediofondo com 104 quilómetros e o granfondo, apresentada como "a distância-rainha, com 157 quilómetros e um grau de dificuldade mais elevado.

Em alternativa às bicicletas, haverá, também, uma Caminhada Solidária para quem gosta de andar a pé.

O Bragança Grandfondo resultou de uma ideia proposta por cidadãos e que saiu vencedora entre os projetos apresentados ao Orçamento Participativo para 2017, promovido pelo Município de Bragança e conta com o apoio de autarquias e diversas associações dos dois lados da fronteira.

O prémio final deste tipo de prova desportiva, como esclareceram os organizadores, não se traduz em medalhas ou taças, mas a superação pessoal e no gosto de pedalar em zonas de montanha e conhecer paisagens, cultura, património e gastronomia.

O diretor do evento, Manuel Zeferino, explicou em Bragança, aquando da apresentação, que se trata de uma prova regulamentada pela Federação Portuguesa de Ciclismo, aberta a todos, com idades entre os 16 e 75 anos.

A modalidade tem ganhado adeptos nos últimos anos, em Portugal e trata-se de um desporto dispendioso, com uma bicicleta a custar "sete, oito mil euros", mais deslocações, equipamentos e participação.

O Grandfondo de Bragança "não é dos mais difíceis", mas a organização deixou o aviso que os 160 quilómetros são um percurso "rompe pernas", ou seja "os primeiros que chegarem a Bragança chegarão com as pernas bem doridas" depois do passeio.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, tem uma "grande expectativa" em relação a este evento" e acredita que "vai dinamizar a economia local ao nível da hotelaria, da restauração, mas também do comércio tradicional".



PARTILHAR:

Manuela Tender apela a candidatura alternativa à de Hugo Soares

Segurança Social multou 32 instituições de Bragança por falta de pessoal