São cerca de 120 obras de 100 artistas patentes até ao dia 31 de outubro no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, numa das maiores exposições das 14 desenvolvidas no âmbito da Bienal Internacional de Gravura do Douro.

 

Oficinas e conferências, 14 exposições com 1400 obras de 700 artistas oriundos de 70 países, assim é a 9ª Bienal Internacional de Gravura do Douro. Em Bragança, os visitantes poderão encontrar toda uma “obra gráfica”, constituída por 120 peças criadas por, sensivelmente, 100 artistas. Na maior exposição das 14 da Bienal em termos de espaço físico, patente em duas salas do Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, podem observar-se as mais diversas técnicas, desde a gravura tradicional até à inclusão do digital, que tem vindo a ganhar uma crescente e notória importância com cerca de 50 por cento das obras da Bienal a incluírem esta vertente digital e instalações contemporâneas.

De frisar que a Bienal do Douro já veio por três ocasiões distintas à capital de distrito, inclusive, ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, desde que, há cinco anos, a organização decidiu expandir a Bienal do Douro por toda a região de Trás-os-Montes. Bragança está no mapa, na rede da Bienal porque, de acordo com a organização, para além de ser a capital de distrito, “tem excelentes condições para as exposições culturais e, portanto, faz todo o sentido trazer aqui a Bienal, quer para o município brigantino, quer para a própria Bienal do Douro”, advogou Nuno Canelas, curador e diretor da Bienal Internacional do Douro.

No total e durante quase três meses, de 10 de agosto a 31 de outubro, são 14 exposições espalhadas por 9 municípios, onde se poderão contemplar 1400 obras de 700 artistas oriundos de 70 países. De salientar que a exposição de Bragança foi a única a ter começado mais tardiamente, por “questões de agenda do espaço do Centro Cultural, teve de começar, excecionalmente, a 5 de setembro, enquanto as outras 13 começaram a 10 de agosto que é sempre a data de início da Bienal do Douro”, refere um dos dois responsáveis pela fundação da Bienal do Douro, lamentando, o falecimento causado por um tumor do artista belga Daniel Hompesch, o cocriador de uma iniciativa que, apesar de ter nascido em Alijó, se movimenta atualmente pelos quatro cantos do mundo. “O Daniel estava cá a viver em Portugal há 20 anos e eu e ele fomos os fundadores do Núcleo de Gravura de Alijó e da Bienal do Douro”, recorda Nuno Canelas com algum pesar.

Quanto ao balanço destas nove edições, o curador assevera que “não poderia ser melhor”, até porque “em 2001 com 113 artistas e, agora, vamos em 700, teve início em Alijó e já estamos em nove municípios, começámos com 20 países e já vamos em 70, só essas diferenças de números já dizem tudo e fazem-nos acreditar que foi uma aposta ganha, pois cresce de edição para edição, mas ainda há muito a fazer”, defende.

A marcar presença na inauguração esteve a vereadora da cultura, que se mostrou bastante interessada pelo trabalho desenvolvido no âmbito da Bienal Internacional de Gravura do Douro. ““Em nove anos de existência, esta é já a terceira vez que a Bienal do Douro vem a Bragança e este facto mostra que é possível trabalharmos em rede e a importância das bienais serem realizadas, concebidas e operacionalizadas em rede, podendo, assim, serem vistas por cidadãos de vários territórios”, argumentou a vereadora da Cultura, Fernanda Vaz Silva, que convida todos a passarem pelo Centro Cultural para uma exposição que procura retratar a região duriense, à qual, ainda, nos une um sentimento de pertença.  

 


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