O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, defendeu hoje como perfil do novo presidente eleito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) “uma pessoa com experiência e absolutamente dedicada” à região.

O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, o decreto-lei que consagra a eleição indireta dos presidentes da CCDR pelos autarcas e eleitos locais da respetiva área territorial.

O autarca de Bragança disse à Lusa que ainda não tem uma opinião sobre o novo método de escolha, através da eleição que deverá ser fixada para o mês de setembro, mas não tem dúvidas em relação ao perfil.

“Acho que o perfil da pessoa que tiver que ocupar este lugar terá de ser obrigatoriamente uma pessoa que esteja completamente vinculada àquilo que são os interesses da região norte, àquilo que são os interesses das comunidades e, para isso, tem que ser uma pessoa com experiencia, que seja absolutamente dedicada aquilo que faz e apaixonada pela região”, afirmou.

Se assim não for, entende que “o trabalho não será bem feito".

Hernâni Dias reitera que é necessário alguém “altamente qualificado para ocupar o lugar” e defende que “há pessoas de facto com essas características, talvez até em Bragança”, sem concretizar se está a pensar em alguém em concreto.

O autarca social-democrata está convencido de que, na parte que lhes toca, os presidentes de câmara darão o respetivo “contributo seguramente para conseguir ter alguém que encaixe neste perfil”.

O presidente da Câmara de Bragança considerou ainda que a pessoa que vier a ocupar o lugar terá de “responder de forma correta, efetiva e com sentido de responsabilidade àquilo que será seguramente a gestão de um quadro comunitário, que se avizinha, que será extremamente exigente não só sob o ponto de vista económico, mas muito sob o ponto de vista social”.

A sensibilidade social é uma característica que também destaca para um período que antecipa longo para o país ultrapassar “problemas que hoje estamos a viver e que prolongar-se-ão durante muitos mais anos”, no que às consequências da pandemia diz respeito.

“Eu acho que a covid não vai terminar amanhã, eu acho que vai terminar daqui a muitos anos, eventualmente algumas décadas porque tudo aquilo que hoje vai ser feito resultante desta pandemia, vai mudar a vida de todos os cidadãos no mundo inteiro, durante muito tempo”, reiterou.

O conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que altera a orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e contempla a eleição do presidente.

O diploma consagra a eleição indireta dos respetivos presidentes por um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia) da respetiva área territorial.

O propósito é garantir uma maior representatividade de todos os eleitos locais e uma melhor administração ao nível regional, reforçando a legitimidade democrática e a transparência ao nível da governação regional. A eleição será fixada para o mês de setembro.

Foto: DTM



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