As obras da última fase foram adjudicadas recentemente por 565 mil contos, com um prazo de execução de 310 dias, ou seja, até Dezembro, e contemplam a conclusão da fachada e de todo o interior da catedral. Para que a inauguração não seja adiada mais uma vez, D. António já pediu à empresa que complete o altar e a cripta, bem como algumas estruturas principais, até 6 de Outubro. Isto para que dia 7 seja feita a dedicação do templo, acompanhada duma grande festa na diocese com a presença de fiéis de todos os cantos do distrito.
Com o pedido de antecipação, o prelado pretende também realizar o seu grande sonho de ver inaugurada a catedral enquanto titular da diocese, tendo em conta que a ele se deve a concretização desta velha aspiração da diocese.
Recorde-se que o Papa João Paulo II aceitou o pedido de resignação feito por D. António a 11 de Novembro, quando completou 75 anos, aguardando-se agora a nomeação do seu sucessor.
Se tudo correr como está previsto, D. António deverá receber o seu sucessor no novo templo, após a cerimónia de dedicação. Ao novo bispo caberá a responsabilidade de concluir a obra, uma tarefa nada fácil, dado que o projecto inclui ainda um auditório subterrâneo, dois pavilhões exteriores e uma sala capitular.

Obra de 1,4 milhões

Para facilitar o andamento dos trabalhos e a comparticipação financeira do Estado, a última fase foi dividida em duas etapas. A primeira refere-se aos trabalhos agora adjudicados, ao passo que a segunda contempla o auditório, os pavilhões e a sala capitular, equipamentos orçados 270 mil contos, que deverão ser comparticipados em 70 por cento, à semelhança do que aconteceu com as fases anteriores da catedral.
Contas feitas, o custo total da obra ascende aos 1,4 milhões de contos, se até à data de conclusão não se registarem mais atrasos e consequentes agravamentos de custos.
Quando D. Manuel de Jesus Pereira, antecessor de D. António Rafael, pensou em avançar com a catedral, a obra foi calculada para 8 mil contos, mas, quando o projecto foi aprovado, já com D. António na diocese, os custos dispararam para 300 mil contos. A obra, contudo, foi posta a concurso por 620 mil contos, começando a ser executada em 1992. Para agravar a situação, os trabalhos estiveram parados durante um ano devido à falência da empresa empreiteiro, o que implicou a abertura de novo concurso público e à reformulação do projecto.
Aproveitando as comemorações dos 450 anos da diocese, D. António fez a inauguração funcional do templo em 1995, mas, a partir de 1997, os trabalhos estiveram praticamente parados, já que equipa projectista esteve envolvida na Expo 98. A paralisação das obras e a falta de utilização do templo resultou mesmo em diversos actos de vandalismo no interior do templo, que resultaram em algumas centenas de contos de prejuízos.
Em Junho do ano passado, o então ministro da Administração Interna, Fernando Gomes, assinou um contrato-programa com a diocese, que garantiu uma comparticipação financeira de 390 mil contos e possibilitou o reinício das obras.



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