O governador civil de Bragança defendeu, esta quarta-feira, que a linha ferroviária do Tua só deverá ser reaberta quando estiverem reunidas todas as condições de segurança e existir uma explicação para todos os acidentes que têm ocorrido.

Comentando, em declarações à TSF, a notícia segundo a qual o relatório preliminar ao último acidente não terá detectado razões para o mesmo, Jorge Gomes defende que «se no relatório que vier a seguir se manter o inconclusivo das causas do acidente nessa altura confesso que a decisão terá que ser mais política, com o assumir de responsabilidades claras na reabertura da linha. Como governador civil que tem acompanhado de perto o pós-acidente confesso que não abriria a linha por bastante tempo até ter as condições todas criadas, deve ser visto parafuso a parafuso».

Para o governador civil de Bragança, tem de haver «uma revisão total» da linha para evitar que mais acidentes aconteçam, ao mesmo tempo que garante que não descansará enquanto não houver uma explicação para todos os acidentes.

«Não me conformo. Tenho sido um dos defensores de que a linha, enquanto não tiver condições, não deve funcionar. Não podemos chegar ao fim do quarto acidente e não termos razões objectivas para que o acidente tenha acontecido», sentenciou.

O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, defende que a linha do Tua só deve ser reaberta quando estiverem garantidas todas as condições de segurança.

Para Jorge Gomes, é preciso acabar com os acidentes ferroviários na linha do Tua, pois «não podemos manter uma linha aberta para gente morrer».

De resto, também o presidente da Câmara e do Metro de Mirandela, José Silvano, já pediu para que sejam descobertas as causas que estiveram na origem do descarrilamento que provocou um morto e 37 feridos.



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