No Agrupamento de Escolas de Paulo Quintela, em Bragança, professores e alunos têm o tempo muito preenchido. Apesar disso, não têm surgido problemas graves relacionados com as novas regras, que obrigam à permanência de mais tempo nas escolas.

Na escola do 1.º ciclo das Cantarias, as aulas têm dois períodos lectivos. O que obriga muitas vezes os professores a atrasar a hora de almoço e de saída à tarde, porque há casos em que a saída das crianças não coincide com os horários dos pais, que acabam por se atrasar. \"O horário era muito bom se houvesse uma cantina ou se a Câmara disponibilizasse uma carrinha para transportar as crianças até à sede do agrupamento escolar, onde poderiam almoçar no refeitório\", explica Maria Augusta, a professora responsável.

Após as 16 horas, a escola disponibiliza várias actividades extra-escolares (Inglês, Informática, Actividades de Tempos Livres e Dança).

A situação é diferente na escola primária do Campo Redondo. Os períodos lectivos funcionam de manhã ou de tarde e os alunos só têm mais duas horas de aulas um dia por semana. \"São duas horas que podíamos dispor para trabalho pessoal em casa e que temos que dedicar à escola\", refere a professora Paula Carneiro.

A docente considera que no 1.º ciclo não se sente muito a diferença provocada pelo horário alargado e considera que noutros níveis de ensino deve ser bem pior. \"Aqui não estamos muito queixosas\" garante.

O presidente do Conselho Executivo da Paulo Quintela, Germano Lima, afirma que no 1.º ciclo a adaptação tem sido fácil, mas a situação é diferente nos 2.º e 3.º ciclos. \"Há quase uma mudança radical relativamente à permanência dos professores, que passam a ter obrigatoriamente 27 horas\". Agora há mais actividades extra-curriculares e os docentes estão disponíveis para as substituições em caso de falta de colegas. E a escola tem mais actividade interna. Há 10 clubes generalistas e dois desportivos dinamizados por docentes e discentes, além de outras actividades, como a Informática e o Inglês.



PARTILHAR:

Floresta preocupante

100 anos sobre a fundação