Passar para o conteúdo principal
Diário de Trás-os-Montes
Montes de Notícias
  • Início
  • Bragança
    • Alfândega da Fé
    • Bragança
    • Carrazeda de Ansiães
    • Freixo de Espada à Cinta
    • Macedo de Cavaleiros
    • Miranda do Douro
    • Mirandela
    • Mogadouro
    • Torre de Moncorvo
    • Vila Flor
    • Vimioso
    • Vinhais
  • Vila Real
    • Alijó
    • Boticas
    • Chaves
    • Mesão Frio
    • Mondim de Basto
    • Montalegre
    • Murça
    • Ribeira de Pena
    • Sabrosa
    • St.ª Marta Penaguião
    • Peso da Régua
    • Valpaços
    • Vila Pouca de Aguiar
    • Vila Real
  • Reportagens
  • Entrevistas
  • Fotogalerias
  • Vídeos
  • Opinião
  1. Início

Regresso ao passado

Retrato de luis
Luis Ferreira

Regresso ao passado

Portugal bem podia ser o país das experiências falhadas. Na verdade, já tivemos tantas tentativas para resolver alguns dos assuntos mais prementes e sem sucesso que o melhor será equacionar muito bem o modo de as implementar antes de saírem completamente goradas. De facto não é bom sinal andar a tentar resolver determinadas vertentes sociais e saltarmos de falhanço em falhanço sem avançar um metro que seja.

A Educação é bem o paradigma de tal insucesso e das tentativas falhadas. Sem grande esforço, conseguimos recordar as várias tentativas de reforma na Educação e nos currículos e a desistência de uns e outros para recomeçar numa outra perspectiva. A verdade +e que andamos neste vai e vem há imensos anos e sem resultados papáveis e profundos que sirvam de uma vez por todas, de cimento para a formação de uma sociedade futura digna e conhecedora.

Neste momento e com este Ministério da Educação a Educação volta a estar em risco de mudança profunda. O termo mudança é possivelmente demasiado assertivo. Seja como for, a informação que está a ser veiculada é a de que os currículos vão ser alterados. Os alunos vão ter menos tempos de Português e menos de Matemática, as disciplinas que continuam sem ter grande sucesso em termos de aprendizagem. Vai voltar a Educação para a cidadania e desta vez desde o pré-escolar e em termos obrigatórios. Eu até me atreveria a dizer “ainda bem” perante tanta falta dessa tal cidadania, especialmente no que respeita a aspetos como a corrupção e lavagem de dinheiro e à ladroagem que pulula por este país fora. A este nível até podia dar jeito! 

Pois então, tal como em 2001, volta a estar inserida nos currículos a Educação para a cidadania! Nada de novo, como vemos. Mais uma tentativa de formar ou moldar uma juventude para amanhã ser o futuro da nação! Isto faz-me lembrar outros tempos, mas enfim!

As ideias agora avançadas já foram práticas correntes até 2012. Nuno Crato retirou-as e agora estes governantes querem voltar ao passado e experimentar o que não terá dado o resultado esperado. Não me parece muito acertado tal resolução.

O querer pôr em prática um “novo modelo” de ensino e novos currículos, envolvendo as escolas, professores e alunos de diferentes áreas, não me parece exequível. No mínimo, não é fácil face à carga horária quer dos professores, quer dos alunos. Na verdade, os professores não têm tempo para perder com reuniões transdisciplinares, pois o trabalho que têm com os alunos e com as aulas retira-lhes tempo para essas avarias curriculares. Depois ainda temos a pressão que os alunos e os professores têm com os exames, especialmente a nível do ensino secundário.

Acresce a tudo isto o facto de querer dar às escolas a possibilidade de flexibilizar os seus currículos de acordo com as regiões onde se inserem. Pois bem, isto até podia ser uma vantagem se não criasse desigualdades de aprendizagem em termos curriculares, já que os alunos passariam a aprender coisas diferentes de acordo com a região onde vivessem, para não falar também de outro problema que é o dos professores que não pertencem a essas regiões e andam a percorrer Portugal consoante as suas colocações. Estes teriam de passar ano após ano a aprender os assuntos temáticos dos currículos regionais. Parece-me uma aberração.

De tudo isto o que me parece ter algo de positivo é o facto de dar mais tempo às Ciências Sociais especialmente à disciplina de História. Na verdade, a História de Portugal tem passado para segundo plano e parece-me que já é tempo de os alunos aprenderem um pouco mais da História que enche a boca de todos quando se referem aos feitos antigos dos portugueses para preencher a lacuna dos tempos modernos da nossa História.

Se este regresso ao passado é mais uma tentativa para falhar, mais vale deixar tudo como está. Aos olhos dos outros países, que até seguem de perto este percurso sinuoso de tentativas goradas, este passo não merece aplausos da sua parte e não nos dá o retorno que desejamos, nem da juventude, nem de uma sociedade mais justa, equitativa e formada, para um futuro mais próximo.
 

Partilhar
Facebook Twitter

+ Crónicas


Sem tempo para ter tempo
Publicada em: 13/07/2019 - 14:23
Entre a cadeia e o compromisso
Publicada em: 23/06/2019 - 08:26
Aquilo que o povo não disse
Publicada em: 14/06/2019 - 12:10
Bom leite, bom rebanho
Publicada em: 30/05/2019 - 09:31
A palhaçada
Publicada em: 11/05/2019 - 22:47
Quando se depenam frangos
Publicada em: 09/04/2019 - 19:09
A manifestação das vontades
Publicada em: 26/03/2019 - 23:19
… e nela mando eu.
Publicada em: 12/03/2019 - 12:23
Á deriva
Publicada em: 05/03/2019 - 13:15
Aliança em terras improváveis
Publicada em: 10/02/2019 - 23:50
  • « primeira
  • ‹ anterior
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
  • 7
  • 8
  • 9
  • …
  • seguinte ›
  • última »

Opinião

Retrato de chrys
Chrys Chrystello
Timor 45 anos depois
25/02/2021
Retrato de Preto
Ana Preto
Das palavras que nos desqualificam
23/02/2021
Retrato de Guerra
Luis Guerra
Olhares e paisagens
23/02/2021
Retrato de luis
Luis Ferreira
Salas virtuais
21/02/2021

+ Vistas (últimos 15 dias)

ASAE encerra Continente de Vila Real
// Vila Real
Salvou uma raposa e ganhou companhia diária ao jantar em Oleiros
// Bragança
Alegada vacinação ilegal contra a Covid-19 em Valpaços
// Valpaços
Minas de ferro de Moncorvo exportam primeiras 50 mil toneladas para a China
// Torre de Moncorvo
Homem encontrado morto na rua em Bragança
// Bragança

Publicidade Google

CRONISTAS

Retrato de Bandarra
Carlos Ferreira
Retrato de Duarte
Duarte Mairos
Retrato de Angela
Ângela Bruce
Retrato de Paulo
Paulo Fidalgo
Retrato de pauloafonso
Paulo Afonso
Retrato de Guerra
Luis Guerra
Retrato de marta
Marta Liliana
Retrato de henrique
Henrique Ferreira
Retrato de igreja
Manuel Igreja
Retrato de luis
Luis Ferreira
Retrato de batista
Vítor Batista
Retrato de bob
António Bob Santos
Para sugestões, informações ou recomendações: [email protected]

Formulário de pesquisa

Diário de Trás-os-Montes

© Diario de Trás-os-Montes (Desde 1999)

Proibida qualquer cópia não previamente autorizada.



  • Ficha Técnica
  • Estatuto Editorial
  • Contactos
  • Login


Bragança

  • Alfândega da Fé
  • Bragança
  • Carrazeda de Ansiães
  • Freixo de Espada à Cinta
  • Macedo de Cavaleiros
  • Miranda do Douro
  • Mirandela
  • Mogadouro
  • Torre de Moncorvo
  • Vila Flor
  • Vimioso
  • Vinhais

Vila Real

  • Alijó
  • Boticas
  • Chaves
  • Mesão Frio
  • Mondim de Basto
  • Montalegre
  • Murça
  • Peso da Régua
  • Ribeira de Pena
  • Sabrosa
  • St.ª Marta Penaguião
  • Valpaços
  • Vila Pouca de Aguiar
  • Vila Real

Secções

  • Douro
  • Trás-os-Montes
  • Livros
  • Mirandês
  • Emigração
  • Diversos
© Diário de Trás-os-Montes