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Os “herdeiros” de Fernão de Magalhães

Retrato de parafita
Alexandre Parafita

Os “herdeiros” de Fernão de Magalhães

Aproximando-se o 5º centenário da viagem de Magalhães e o anúncio, pela Rede Mundial das Cidades Magalhânicas, da candidatura da “Rota de Magalhães” a Património Mundial, volta a eterna questão: afinal, Fernão de Magalhães é natural de onde?

Desde tempos imemoriais, a sua naturalidade foi dada como inequívoca em Sabrosa. Assim o diziam dois testamentos, um de 1504 (quando partiu para os oceanos) e outro de 1580 (de um sobrinho-neto exilado no Brasil), reforçados por um auto oficial de 1798 em que seis escrivães confirmam a sua genealogia ligada a essa vila, sendo que tais documentos identificam bens efetivamente aí localizados, como a Casa da Pereira, a quinta da Souta e o legado de missas anuais no altar do Senhor Jesus da Igreja de São Salvador do qual ainda existem vestígios na atual Igreja Matriz. A existência, na dita casa, do brasão com armas picadas refletindo o castigo que, no tempo de D. Manuel I, era corrente aplicar a quem praticasse atos considerados de traição à Pátria, assim entendida a missão do navegador ao serviço de Espanha, corroborava a mesma tese.

Entretanto, em 1921, a veracidade destes documentos foi posta em causa pelo historiador António Baião, com argumentos logo rebatidos pelo seu contemporâneo Abade de Baçal, que publicou minuciosa recolha de documentação obtida em fólios particulares em Vila Flor e depositou no museu com o seu nome em Bragança. Tais dúvidas, porém, bastaram para que outras hipóteses de naturalidade emergissem, como o caso do Porto que cita uma declaração com a expressão “Vecino de la cidade del puerto”, a qual atestaria ser daí natural, embora se saiba que outro testamento em Espanha declara do mesmo jeito: “vesino q soy desta muy noble e muy leal çibdad de Sevylha”. O que vale então, para o caso, esta palavra “vecino”? Pouco. Apenas que Magalhães aí morou.

De assinalar que as questões divergentes da naturalidade do navegador foram geradas muito depois da sua morte, ao perceber-se que haveria grande fortuna a reclamar da coroa de Espanha, por lhe ser devida uma parte dos territórios descobertos. Foi então que supostos parentes surgiram em diversas localidades do País, uns e outros logo impugnados e desacreditados nas suas pretensões pelo poder castelhano, que dessa forma assegurava a intocabilidade do seu património. Uma impertinente luta de “herdeiros” que, afinal, serviu apenas para aumentar o mistério e a polémica sobre o berço de Magalhães.

in JN, 10-1-2017

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