Que a Madeira é um jardim natural já todos sabemos.
Que seja também uma espécie de jardim zoológico onde criaturas de várias culturas fazem circo político e ilusionismo financeiro já desconfiávamos.
Que um líder político comece a revelar a sua falta de traquejo para lidar com estas coisas, ficámos a saber.
AJJardim é não só um artista de circo como um tirano sem lei. Há quem diga que defende o seu povo e que, por isso, deve ser elogiado. Há quem diga que condena o seu povo a um futuro incerto porque lhe hipoteca o futuro e que, por isso, deve ser condenado.
Indiferente a tudo isto, AJJardim sabe que está numa república das bananas e que, por isso, pode fazer o que quiser, que nunca ninguém terá coragem para o afrontar de verdade.
Ele sabe com quem está a lidar: Cavaco e Gama foram lá elogiá-lo e retiraram o tapete a Sócrates quando este quis pôr as finanças da Região em ordem. Agora, Sócrates é o culpado por ter «roubado» a Madeira.
Mas a república dos bananas foi mais longe e não introduziu o POCAL (Programa Oficial de Contabilidade na Região). O resultado foi simples e revelou-se no jogo do tempo na apresentação de facturas.
Como se já não bastassem todos estes jogos, aparece um ingénuo a pedir a PP Coelho para o PSD retirar a confiança a Jardim. Mera chicana política. Se Seguro quisesse isso mesmo, agia de outra forma, no contexto da acção do Estado. O PSD respondeu logo: no momento actual, de eleições à porta, é pouco sério.
E AJJardim lá vai gozando o prato e o Povo Português porque sabe que, para o tramarem a ele também têm de tramar umas dezenas de compadres, cá no «Contenante».
Tudo porquê? Porque construiímos uma democracia absolutista, na qual o POVO confia aos seus governantes poderes absolutos de gestão. E, como a ocasião faz o ladrão, olhem, é uma questão de oportunidade. Porque na natureza humana não é santa.