Um incêndio que deflagrou na zona histórica da cidade de Bragança deixou 13 pessoas sem casa. As chamas destruíram dois edifícios e causaram danos num terceiro. O fogo teve início num aquecedor, que começou a arder quando o proprietário de um dos edifícios atingidos lhe instalava uma botija de gás.

Dois prédios de três andares praticamente destruídos, danos num terceiro edifício e 13 pessoas desalojadas foi o resultado de um incêndio que deflagrou na passada sexta-feira, por volta das 13h40, na Rua Direita da cidade de Bragança. Para combater as chamas estiveram no local sete corporações de bombeiros dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais e Vimioso), num total de 74 homens e 18 viaturas. O rescaldo «moroso» do fogo durou até às 11h00 do outro dia.

Segundo o inspector dos Bombeiros Voluntários de Bragança, Vaz Pinto, na origem do incêndio esteve um incidente com uma botija de gás. «O proprietário do prédio estava a colocar uma botija de gás num aquecedor, que começou a arder», explicou o responsável. O dono do edifício não conseguiu controlar as chamas, que facilmente se alastraram, devido à existência no local de materiais facilmente inflamáveis, nomeadamente as madeiras velhas e secas dos edifícios, papel, cobertores e botijas de gás nas várias residências. Durante o incêndio, ouviram-se mesmo as explosões das botijas.

Os danos nas residências incendiadas foram demasiado avultados, pois perante tal cenário os bombeiros foram obrigados a recorrer à utilização de grandes quantidades de água, que acabou por danificar o que o fogo não destruiu.

Apesar de não se terem registado vítimas, o fogo deixou desalojadas 13 pessoas: um casal com dois filhos, uma idosa, quatro senhoras, quatro ucranianos (três mulheres e um homem) e um estudante do Instituto Politécnico de Bragança. Alguns dos desalojados encontram-se em casa de familiares. Os imigrantes de leste foram realojados na Santa Casa da Misericórdia de Bragança. A Câmara brigantina já disponibilizou um psicólogo para fazer o devido acompanhamento dos desalojados.

Segundo o inspector Vaz Pinto, este incêndio, que atraiu centenas de «espectadores» ao local, obrigou a que o plano prévio de intervenção para a zona histórica fosse activado. O responsável salientou ainda o «bom trabalho» da polícia e da protecção civil de Bragança.



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