Jorge Gomes é o novo presidente da Federação distrital do Partido Socialista, tendo obtido 69 por cento dos votos contra os 30 de Carlos Guerra. Enquanto Sandra Valdemar, em disputa direta com Berta Nunes, renova o mandato à frente das Mulheres Socialistas de Bragança.

 

O ex-secretário de Estado da Administração Interna e brigantino de gema sagrou-se como o grande vencedor na noite de sexta-feira, 9 de março, ao concorrer para a presidência da Federação distrital do Partido Socialista. Jorge Gomes venceu o presidente no poder, Carlos Guerra, por uma larga margem, tendo conseguido obter 624 votos contra 267 no total de 902 votos de militantes do Partido Socialista. O que representa, em termos de percentagens, 69 contra, apenas, 30 por cento.

“Eu confesso que até esperava que a diferença fosse maior, mas isto demonstra bem o estado em que o partido esteve e demonstra bem a vontade que os militantes têm do estado em que o partido deve estar”, começou por declarar Jorge Gomes à Comunicação Social, definindo este resultado como “uma vitória que é dos militantes”.

Questionado sobre se o Partido Socialista estaria desunido, Jorge Gomes é perentório em responder que “o Partido, simplesmente, não existia. O que é bem diferente”. “O Partido existia de uma forma em que o seu dirigente não é reconhecido por ninguém. Tanto é que eu estive ausente do distrito durante dois anos por motivos de trabalho, venho e ganho com 70 por cento. Então eu pergunto o que é que o presidente da Federação andou a fazer durante dois anos que nem votos tem, eu não digo para ganhar, mas para ter, pelo menos, 45 por cento”, argumentou o ex-membro do Governo, deixando outra pergunta no ar: “Se 70 por cento (%) não representam unidade no Partido, então pergunto o que é que representam os 30 por cento?”.

Quanto ao futuro, “o grande projeto é trabalhar muito pelas Comissões Políticas Concelhias, sobretudo, com os seus presidentes. Um presidente da Federação não é mais do que um representante e um porta-voz da vontade das concelhias, o presidente de uma Federação não é quem manda no Partido, é quem obedece ao Partido, às suas bases, às suas concelhias, aos seus militantes, isso é o que eu pretendo ser”.

No final, Jorge Gomes deixou bem claro que “a disputa eleitoral terminou agora e quem quer estar no Partido Socialista de boa-fé para trabalhar pelo Partido e pelo nosso distrito está comigo, quem está por outras razões e por outros objetivos não”, deixando um aviso, “não é hora de desunião, mas se necessário é hora de ruturas”.

Ausente da conclusão do processo eleitoral esteve Carlos Guerra, tendo, por isso, sido criticado, também, pelo vencedor da Federação distrital do PS. “A única coisa que eu estranho que não decorra com normalidade é o senhor presidente da Federação, que ainda é presidente da Federação, nem esteja nas instalações do Partido Socialista para assumir a sua derrota”.     

Já na corrida para a presidência das Mulheres Socialistas de Bragança, Sandra Valdemar renovou o mandato de dois anos contra a atual presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Berta Nunes.

“Foi uma vitória das Mulheres Socialistas, elas escolheram e, agora, vamos trabalhar”, afirmou a presidente reeleita garante que irá dar “continuidade ao trabalho, tentar chamar mais mulheres para o Partido e mulheres que sejam mais ativas porque nós somos tão capazes como os homens”.

Quanto a projetos para o futuro, Sandra Valdemar promete continuar a organizar “workshops, fóruns sobre temas que dizem respeito a toda a sociedade civil, atividades sociais como jantares e encontros, até para nos conhecermos, pois estamos muito dispersas, já que o nosso distrito é muito grande”.  

 

 

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