A viúva de um antigo funcionário da TAP em Portugal, de 42 anos de idade, uma filha de 10 anos e um filho de seis vivem actualmente numa situação de miséria em Oggies, localidade próxima da cidade de Witbank. Os donativos da vizinhança, na maioria de raça negra, sul-africanos e moçambicanos, têm minimizado o drama que se abateu sobre estes portugueses. A viúva contou que o marido nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo) há 42 anos, mas foi para Portugal, onde trabalhava no check-in da TAP, no aeroporto de Lisboa. Em 1984, antes de emigrarem para a África do Sul, acabariam por casar. Fazendo uso de um visto de turismo, válido por três meses, o casal andou de terra em terra na África do Sul. Em Durban, o seu marido arranjou trabalho como bate-chapas e pintor de automóveis, mas acabaria no desemprego depois de os patrões terem regressado a Portugal. Nesta situação precária, com o pai a viver de «biscates» e a mãe doméstica, os dois filhos do casal acabaram por nunca frequentar a escola. O processo de repatriamento tornou-se ainda mais complexo devido ao facto de o casal nunca ter registado os filhos. O Consulado-Geral de Portugal em Joanesburgo está a tentar concluir ainda este mês o processo legal para repatriamento da família.



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Deficientes são os mais afectados

Família de Portugueses espera repatriação