As áreas protegidas de Trás-os-Montes (Montesinho, Douro Internacional e Alvão), são das zonas mais ameaçadas do país devido ao uso de venenos para matar animais.

Já se registaram vários casos de lobos, abutres e águias envenenadas, o que poderá vir a comprometer as espécies a médio prazo. A maior parte dos casos detectados tem origem criminosa.

O envenamento de espécies protegidas é mais frequente durante a época de caça e suspeita-se que se trata de uma maneira de proteger, de forma de controlar, outros animais de predadores. Também há culpados na actividade pecuária. Aqui, porém, a razão é diferente, se bem que igualmente criminosa tenta-se proteger rebanhos.

Para lutar contra o envenenamento de animais, o programa Antídoto-Portugal ( uma plataforma contra o uso ilegal de venenos formada por várias entidades), está a realizar acções de formação por todo o país junto da GNR e dos vigilantes da natureza. A plataforma está a implementar a Estratégia Nacional contra o Uso Ilegal de Venenos e, ontem, em Macedo de Cavaleiros, entregaram material para as autoridades trabalharem.

O programa Antídoto conseguiu criar uma rede de informação mais eficaz, nos últimos dois anos, aumentandoos casos detectados. \"O que não significa que haja mais veneno. Há quem o recolha e o analise\", referiu Ricardo Brandão, do programa Antídoto-Portugal.

A análise retrospectiva, entre 1992 e 2003, revela que foram recolhidos 600 animais, mas estes são apenas os casos compilados pela GNR. Só em 2004 houve 90 casos, e no ano transacto aponta-se para mais de 100 animais mortos, quando o processo de compilação dos dados está ainda a decorrer.



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